Banca de QUALIFICAÇÃO: IZABELLA BEZERRA DE LIMA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.

DISCENTE: IZABELLA BEZERRA DE LIMA

DATA: 22/10/2010

HORA: 14:30

LOCAL: Anfiteatro Profa.Raimunda Germano (UFRN) Departamento de enfermagem

TÍTULO:

REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DA HANSENÍASE: EM FOCO O ESTIGMA NO CONTEXTO DA SAÚDE MENTAL


PALAVRAS-CHAVES:

hanseníase, estigma/preconceito, saúde mental, representações sociais, enfermagem


PÁGINAS: 18

GRANDE ÁREA: Ciências da Saúde

ÁREA: Enfermagem

SUBÁREA: Enfermagem de Saúde Pública

RESUMO:

A hanseníase tem sido colocada como uma doença incurável e incapacitante em diversas sociedades e culturas, em todos os períodos históricos. Afirmar que a doença tem tratamento e cura às vezes não é suficiente, dependendo do imaginário que se tem da doença. O conceito biológico explicativo da ciência diz que a hanseníase é uma doença infecto-contagiosa crônica causada pelo Mycobacterium leprae, que se manifesta através de sinais e sintomas dermatoneurológicos, o que resulta em um grande potencial para provocar incapacidades físicas que podem, inclusive, evoluir para deformidades. As metas nacionais propostas para 2011, buscam reduzir em 10% o coeficiente de detecção de casos novos em menores de 15 anos; intensificar a vigilância de contatos intradomiciliares; diagnosticar e tratar todos os casos de hanseníase; aumentar de 38% para 50% a cobertura de Unidades Básicas de Saúde (UBS) com o programa implantado em 2008; avaliar e monitorar as incapacidades físicas dos casos diagnosticados; e curar 90% dos casos de hanseníase diagnosticados (MB, PB). O caráter incapacitante da doença pode acarretar alguns problemas, tais como a diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, e conseqüentemente, o estigma e preconceito contra a doença, o que gerou no passado a criação de instituições de alto custo e à coerção de pacientes, marginalizando-os em comunidades isoladas.  Afirma-se que o estigma e o preconceito são categorias subjacentes no diagnóstico de hanseníase, afetando assim, consideravelmente a saúde mental do portador e sua qualidade e estilo de vida, sem falar também na sua família. É nessa perspectiva, que levantamos alguns questionamentos: Como e quais são os efeitos estigmatizantes na saúde mental do portador de hanseníase? Qual o grau de intensidade e o impacto na sua vida cotidiana frente aos familiares e comunidade? Como e de que forma são percebidos pelos mesmos? Quais os fatores de discriminação que estão envolvidos na estigmatização? Para respondê-los, traçamos como objetivo geral, apreender as representações sociais da hanseníase que interferem modificando as relações interpessoais do portador e sua família no que diz respeito ao estigma e preconceito. E como objetivos específicos: descrever as mudanças ocorridas nas atividades da vida diária do portador e família, propor recomendações de superação do estigma e preconceito e recomendar a criação de grupos de auto-ajuda para o portador e familiares. Quanto ao procedimento metodológico, o estudo caracteriza-se por uma pesquisa exploratória e descritiva, de caráter qualitativo, na qual serão incluídas as Unidades de Saúde da capital do estado, que tiveram maior taxa de detecção nos últimos dois anos, e para a determinação da amostra trabalharemos com 50% do total de usuários de cada UBS. Esta pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética, protocolo nº 147/08, e será desenvolvida em duas etapas distintas, a primeira se caracteriza pela descrição da estrutura organizacional do município de Natal e a segunda, pela coleta de dados primários a partir dos usuários selecionados em cada UBS. Para isso, serão utilizados a observação, entrevista e grupo focal. A análise do estudo será realizada através do software Analyse Lexicale par Context d’um Ensemble de Segments de Texte (Alceste), versão 4.7, a luz da Teoria das Representações sociais (TRS).


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 338218 - CLELIA ALBINO SIMPSON
Externo à Instituição - FRANCISCA LUCÉLIA RIBEIRO DE FARIAS - UNIFOR
Interno - 396864 - FRANCISCO ARNOLDO NUNES DE MIRANDA
Interno - 1756956 - MARIA TERESA CICERO LAGANA
Notícia cadastrada em: 24/09/2010 13:25
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