Autoestima e Qualidade de Vida dos Filhos Separados pela Hanseníase no RN: avaliação e perspectivas
Hanseníase; enfermagem; qualidade de vida e autoestima.
Epidemias marcaram a vida das pessoas e coletividades, em todos os períodos históricos, sendo um dos principais exemplos a hanseníase, doença infecto-contagiosa, marcada pelo estigma, preconceito e exclusão social. No passado, o isolamento compulsório dos portadores do passado causou sérios problemas sociais e psicológicos, resultando no afastamento e na ruptura total ou parcial do vínculo familiar. Os filhos privados desse convívio, retirados muitas vezes de forma desumana, foram confinados e criados em preventórios/educandários. Este projeto de tese que objetiva avaliar a autoestima e a qualidade de vida dos filhos separados pela hanseníase no Rio Grande do Norte. Tratar-se-á de um estudo analítico correlacional, com delineamento transversal e abordagem quantitativa para tratamento e análise dos dados. A coleta de dados, com previsão para o primeiro semestre de 2015, acontecerá no estado do RN, após a aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). A amostra será composta por 100 sujeitos, localizados a partir do cadastro do MORHAN Potiguar. No processo de coleta de dados utilizar-se-á instrumentos específicos: questionário com variáveis sociodemográficas; a Escala de Qualidade de Vida O instrumento Medical Outcomes Study 36 – item Short Form, no geral o SF-36 e a Escala de Autoestima de Rosemberg. Os dados obtidos serão tabulados em programa estatístico para análise estatística, além de avaliação da consistência interna das escalas através do coeficiente de Croanbach. Parte-se da hipótese que a condição autodeclarada de filhos separados pela hanseníase no estado do Rio Grande do Norte afeta a autoestima e a qualidade de vida.