TRÊS DIÁRIOS À CAROLINA: ESCREVIVÊNCIAS DE PELE-MEMÓRIA DE UMA ARTISTA PESQUISADORA NEGRA
Escrita acadêmica performática f(r)ccional; Escrevivência; Feminismos negros; Experiência de pele-memória.
Partindo da prática da escrevivência (EVARISTO, 2006), em articulação com a proposta de uma escrita acadêmica performática, uma escrita f(r)iccional (LYRA, 2020), essa dissertação em primeira pessoa, busca tramar um encontro meu com a escritora brasileira Carolina Maria de Jesus (2014) para uma conversa sobre nossos diários escritos em diferentes tempos, com o intuito de fomentar uma construção dramatúrgica, que tem como temas: a infância e a não representatividade nas mídias, a adolescência e a solidão da mulher artista negra nos dias atuais. Eu e Carolina, mulheres negras vivendo realidades tão semelhantes, travamos um diálogo entretempos onde são expostas situações de racismo, machismo, objetificação do corpo feminino negro, luta de classe dentro e fora da cena real e ficcional, tendo como base de reflexão, estudos introdutórios dos feminismos negros (RIBEIRO, 2018), (HOOKS, 2019), na defesa de uma ideia de uma experiência de pele-memória.