Memórias de Quintal: A arte do Encontro com a Criança Interior e os Afetos de Infância
Arte do encontro; Criança interior; Imaginação; Jogo; Memória.
Este trabalho é parte do processo de criação do espetáculo “Memórias de Quintal” sob a perspectiva de uma das atrizes e dramaturga da peça. As discussões aqui levantadas partem de alguns conceitos ou eixos-norteadores: o teatro enquanto “arte do encontro”, o arquétipo da criança associado ao estado de jogo proposto pelo espetáculo, e a imaginação como agente motivadora de reconstrução de memórias afetivas para os conteúdos das cenas. O trato com as memórias de quintal ou afetos de infância traz para a escrita o sujeito em primeira pessoa através da voz da criança interior, que reflete acerca de sua própria trajetória de vida, de arte, e utiliza suas experiências para nutrir o processo criativo e, dessa maneira, alcançar também as histórias dos espectadores. Os autores que mais colaboram com esta pesquisa são o encenador Jerzy Grotowski, os psicólogos Carl Gustav Jung e James Hillman, os filósofos Gaston Bachelard e Johan Huizinga, e o poeta Manoel de Barros.