Comparação da taxa de desenvolvimento de torque, salto e
desempenho isocinético entre atletas com tendinopatia patelar e
saudáveis: um estudo transversal
tendão patelar; joelho do saltador; treinamento de força; tratamento baseado
em carga; magnitude da carga
Introdução: A tendinopatia patelar é uma lesão por sobrecarga. É
possível que a hiperalgesia mecânica possa modificar as vias
intracorticais. Porém, não está claro se potenciais modificações
neurais, presentes em indivíduos com tendinopatia patelar, afetam a
taxa de desenvolvimento de torque (TDT). Objetivo: comparar a taxa de
desenvolvimento de torque em atletas amadores com tendinopatia
patelar e saudáveis. Secundariamente, comparar o desempenho
isocinético e o salto vertical unipodal com contramovimento e
correlacionar a TDT e o salto. Métodos: esse é um estudo transversal
composto por 60 homens atletas amadores de modalidades com intensa
exigência do mecanismo extensor do joelho com idade entre 18 e 40
anos. 30 homens com dor no tendão patelar foram alocados para o
grupo tendinopatia, e 30 sem dor para o grupo controle. Foram
analisadas medidas para a taxa de desenvolvimento de torque
isométrica (TDT) (0-30 ms, 0-50 ms, 0-100 ms e 0-200 ms), pico de torque
isométrico, o pico de torque isocinético, potência e salto vertical
unipodal com contramovimento. As comparações da TDT entre grupos
foram analisadas via Generalized Estimating Equations, as demais
variáveis foram analisadas por One-way ANOVA com post hoc de
Bonferroni e o coeficiente de correlação intraclasse de Pearson foi
calculado para quantificar a associação entre a TDT e o salto vertical
unipodal com contramovimento. Resultados: o grupo tendinopatia
apresenta no membro envolvido menor TDT tardia (0-200 ms) em
comparação ao membro contralateral (p valor <= 0,016) e em todos os
intervalos de tempo em relação ao grupo controle (p valor < 0,05), além
de déficits na altura do salto vertical unipodal com contramovimento,
potência, pico de torque isocinético e isométrico. Conclusão: Atletas
amadores com TP apresentam déficits no membro envolvido na taxa de
desenvolvimento de torque de quadríceps, menor desempenho
funcional no salto vertical unipodal com contramovimento em
comparação ao membro contralateral e controles saudáveis.