FORMAÇÃO E ATUAÇÃO DOCENTE: PROFESSORES COM DEFICIÊNCIA VISUAL DA REDE ESTADUAL DO RIO GRANDE DO NORTE
Professores com deficiência visual. Rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte. Formação docente. Atuação profissional.
A rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte apresenta em sua constituição profissionais com deficiência visual – Cegueira e Baixa Visão, atuando em escolas e centros especializados. Este cenário acende em nós a curiosidade epistemológica, convidando-nos a investigar e refletir criticamente acerca da formação e atuação profissional, a partir do questionamento: Como se constitui e se organiza a formação e atuação profissional de professores com deficiência visual da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte? Defendemos a tese de que a formação inicial e continuada de professores com deficiência visual, necessita eliminar barreiras e promover sua acessibilidade e participação no espaço escolar, promovendo ações e atitudes que suprimam lacunas existentes, e possibilite uma atuação docente exitosa; além disso, a escola pública deve se alinhar no que diz respeito à inclusão profissional de pessoas com deficiência, às condições estruturais, pedagógicas e metodológicas para o desempenho de suas funções laborais como, também, a efetivação de uma escola inclusiva para estudantes e professores. Este estudo, portanto, tem por objetivo principal: Investigar a formação e atuação profissional de professores e professoras com deficiência visual da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte. Sendo de abordagem qualitativa (Sadín Esteban, 2010), se caracteriza por adotar os tipos de Pesquisa descritiva e exploratória (Gil, 2002), tendo por método o Estudo Caso (Stake, 2010). Os dados empíricos foram coletados em duas fases: a) na aplicação abrangente e on line de um questionário, que possibilitou o mapeamento do quantitativo de professores e professoras com deficiência visual da rede estadual de ensino do Rio Grande do Norte; b) aplicação de entrevista semiestruturada, pós mapeamento, com quatro profissionais selecionados de acordo com os critérios de participação: ter deficiência visual – cegueira ou baixa visão, aceitar participar da pesquisa, estar atuando na rede de ensino em escola ou centro especializado; e na aplicação de observação não participante registrada em Diário de Campo. Para leitura, interpretação e análise dos dados foi utilizada a Análise do Conteúdo (Bardin, 2016; Franco, 2003), apoiada em autores, como: Diniz (2007), Freire (1996), Vigostski (1997), Nóvoa (1992), Tardif (2004), Silva (2008; 2017; 2021), Masini (2008; 2016), entre outros. Os resultados reafirmam lacunas e barreiras de acessibilidade ao conhecimento no processo de formação inicial e continuada e no exercício das funções desempenhadas por professores com deficiência visual – cegueira e baixa visão, nos dois espaços de atuação profissional investigados. Consideramos que os resultados, também, evidenciam a importância do protagonismo profissional de professores e professoras na condição sensorial supracitada, a fim de fortalecer aspectos como: visibilidade, formação docente, atuação docente e inovação na pesquisa em educação especial e inclusiva