Ações inclusivas para permanência das pessoas com deficiência no ensino superior: um estudo em IES de Natal/RN.
Inclusão; pessoas com deficiência; ensino superior; permanência; ações inclusivas.
A presente dissertação tem como objetivo identificar as ações inclusivas desenvolvidas pelas IES da cidade do Natal-RN para a permanência das pessoas com deficiência em cursos de graduação. Metodologicamente, fundamenta-se em uma abordagem qualitativa de investigação, caracterizando-se como pesquisa exploratória. Utilizou-se como instrumentos para a obtenção dos dados empíricos: o formulário, a entrevista semiestruturada e a análise documental. Como referencial teórico o trabalho fundamentou-se, principalmente, nas discussões sobre a Educação Inclusiva realizadas por Stainback e Stainback (1996) Sassaki (1997), Carvalho (2000; 2002), Mittler (2003), Martins (2002; 2006), Laplane (2007), Glat e Blanco (2007), nos documentos oficiais do MEC e na legislação brasileira que dispõem sobre as políticas de inclusão no ensino superior e nas pesquisas realizadas sobre a Inclusão no Ensino Superior, especialmente quanto aos aspectos relativos à permanência dos estudantes com deficiência: Mazzoni (2003), Moreira (2004), Chahini, (2006), Castanho (2007), Fortes (2005), MELO (2009) e Albino (2010). A pesquisa foi realizada em quatro IES da cidade do Natal-RN, com mais de dez alunos matriculados que apresentam deficiência e ações desenvolvidas para a sua permanência. Foram entrevistados doze profissionais responsáveis por encaminhar as ações inclusivas nas instituições investigadas. Para refletir sobre as entrevistas utilizou-se como fundamento a Análise de Conteúdo estudada por Bardin (1977), dentre as quais foram eleitas as seguintes categorias: Acessibilidade nos meios físicos, de informação e comunicação; Formação e sensibilização da comunidade; Estratégias de Apoio e Acompanhamento; Organizadores das ações inclusivas. Os resultados apontam que as quatro IES analisadas sinalizaram o desenvolvimento de ações inclusivas de maneira esporádica, ocorrendo de forma isolada de um contexto mais amplo. Tais fatores dependiam das necessidades apresentadas pela demanda de alunos com deficiência matriculada e das solicitações realizadas pelos mesmos e/ou profissionais envolvidos no processo. Percebe-se, também, a existência de iniciativas quanto às questões da acessibilidade, restrita apenas a alguns setores das instituições, além da existência de serviços específicos de apoio aos alunos com deficiência e a escassez de uma Política de Inclusão Institucional que organize e oriente o desenvolvimento de ações inclusivas de maneira contínua e efetiva.