Banca de DEFESA: ANDREZA VIDAL BEZERRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ANDREZA VIDAL BEZERRA
DATA : 29/07/2024
HORA: 08:30
LOCAL: Plataforma de Webconferência
TÍTULO:
MULHERES DISCENTES COM DEFICIÊNCIA: UMA ANÁLISE DA POLÍTICA DE INCLUSÃO E ACESSIBILIDADE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

PALAVRAS-CHAVES:
Estudos Feministas da Deficiência. Interseccionalidade. Mulher discente com deficiência. Educação Superior.

PÁGINAS: 127
RESUMO:

Ao longo da trajetória histórica da humanidade, emergiram diferentes paradigmas
depreciativos sobre o que é deficiência, manifestando-se ainda, na atualidade, por
meio de atitudes capacitistas que marginalizam pessoas com deficiência. No
contexto desta dissertação, fundamentamo-nos nos pressupostos teóricos dos
Estudos Feministas da Deficiência, que propõem desafiar concepções que rotulam e
inferiorizam pessoas com deficiência a partir de uma perspectiva interseccional, uma
vez que, o entrelace entre diferentes marcadores de identidade resulta em uma
intensificação das vulnerabilidades humanas. Com base nesses pressupostos, a
presente pesquisa teve como objetivo analisar as concepções de mulheres
discentes com deficiência acerca da inclusão e acessibilidade na Universidade
Federal da Paraíba (UFPB), à luz de suas políticas institucionais. Com a finalidade
de alcançar esse objetivo, utilizamos uma abordagem qualitativa, realizando, além
de uma pesquisa bibliográfica e documental sobre mulher, deficiência e educação
superior, a aplicação de um questionário disseminado na UFPB, lócus do presente
estudo, a fim de caracterizar as discentes com deficiência da instituição a partir de
uma perspectiva interseccional. Por fim, utilizando a metodologia de História Oral
Temática, realizamos entrevistas com seis mulheres discentes com deficiência, cujas
narrativas foram analisadas a partir da Análise Dialógica do Discurso. Os resultados
indicam que: mulheres discentes com deficiência enfrentam desafios relacionados à
subordinação desde a escolha do curso, ao longo de sua trajetória acadêmica, e
também ao ingressar no mercado de trabalho; Há uma predominância de pesquisas
sobre mulheres discentes com deficiência nas regiões Nordeste e Sul do país; Existe
uma carência de estudos que investiguem as vivências das mulheres discentes com
deficiência na educação superior; Observa-se um avanço na inserção da
interseccionalidade como parte integral da experiência da deficiência nos
documentos orientadores e normativos; Há sinais de esforços de diferentes sujeitos
e grupos, intencionando tornar a UFPB uma instituição mais equânime para todas as
pessoas; Uma sub-representações dentro do grupo de mulheres discentes com
deficiência, como aquelas que são negras, quilombolas, indígenas ou LGBTQIAPN+
na UFPB. Com nesses resultados, e ainda, a partir dos discursos das participantes
da pesquisa, concluímos que as mulheres discentes com deficiência são
continuamente afetadas por inúmeros obstáculos oriundos de uma sociedade
notadamente capacitista, sexista, racista, lgbtfobia, entre outras formas de opressão
que, ao se interseccionarem, constituem empecilhos no acesso, permanência,
participação e aprendizagem no âmbito da Educação Superior. Alicerçadas nos
Estudos Feministas da Deficiência, consideramos fundamental não apenas elaborar
e implementar políticas institucionais de inclusão e acessibilidade, mas também
adotar atitudes transformadoras comprometidas com a luta anticapacitista sob uma
perspectiva interseccional, tornando assim, a universidade, um espaço
verdadeiramente acolhedor para todas as pessoas.


MEMBROS DA BANCA:
Externa à Instituição - ADENIZE QUEIROZ DE FARIAS
Interna - 2313711 - FLAVIA ROLDAN VIANA
Presidente - 1756133 - RITA DE CASSIA BARBOSA PAIVA MAGALHAES
Notícia cadastrada em: 08/07/2024 09:15
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