O DOCE SABER DA TERRA: tecendo saberes no Semiárido/Sertão
Complexidade, Saberes, Tradição, Ciência, Semiárido.
Esta pesquisa se concebe enquanto uma ação de desenvolvimento humano na trajetória histórica de um elemento singular que está situado na comunidade campesina Vila Riacho do Meio, localizada no município de Cajazeiras – PB: O Engenho do Riacho do Meio. Busquei um horizonte de pesquisa que pudesse ultrapassar as fronteiras dos fragmentados conhecimentos escolares, no sentido de avultar uma polifonia que possa chegar às escolas outros modos de ler, compreender e interpretar o mundo. Ancorei a minha tese: A prática sociocultural subjacente ao trabalho no Engenho do Riacho do Meio é, também, uma prática educativa. Ela encontra-se alicerçada em saberes da tradição, mas comunica-se com os saberes da ciência. Baseado nos princípios da complexidade, tecidos por Edgar Morin e nos saberes da tradição contemplados por Conceição Almeida e Chico Lucas, admito o método complexo como estratégia para construção da minha narrativa sobre o espaço humano e humanizante nomeado Engenho do Riacho do Meio e os saberes provocados por esse dispositivo sociocultural. Dessa forma, objetivo tecer, sob os vieses da complexidade e transdisciplinaridade, a religação dos saberes a partir do entrelaçamento entre os saberes da tradição e científicos, buscando identificar os elementos que evidenciam essa aproximação e, consequentemente, narrar experiências de vida e a forma como elas organizam seus saberes historicamente compartilhados através da tradição. Busquei, nesse sentido, identificar os elementos que evidenciam essa aproximação e, consequentemente, narrar experiências de vida e a forma como elas organizam seus saberes historicamente compartilhados através da tradição. Como uma visualização prospectiva de um futuro possível emerge a necessidade de uma formação transdisciplinar para viver do/no Semiárido Brasileiro, e com isso, catalisar um diálogo que deve acontecer entre o conhecimento científico e os saberes historicamente aí produzidos por homens e mulheres na produção da sua existência, unindo o que está separado.