REPRESENTAÇÕES SOCIAIS DE PSICÓLOGO: IMAGENS EM MOVIMENTO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Representações sociais. Atuação do psicólogo. Formação do psicólogo.
Objetiva-se analisar as representações sociais sobre o psicólogo para os estudantes de Psicologia da Universidade Federal de Alagoas/Unidade Educacional de Palmeira dos Índios. Tem como cenário o atual contexto de expansão da Psicologia no que tange à diversificação de práticas e de públicos e a expansão das universidades públicas federais, o que ampliou notadamente a inserção de estudantes de diferentes regiões nessas instituições. Com fundamento teórico-metodológico na Teoria das Representações Sociais, o estudo está ancorado nas diretrizes da pesquisa qualitativa e contou com a reunião de três procedimentos metodológicos: a análise documental, a Técnica de Associação Livre de Palavras e o grupo focal. O primeiro dedicou-se à análise do Projeto Pedagógico do referido curso através da estratégia descrita em Seixas et al. (2013). Já o segundo, foi realizado com 169 estudantes distribuídos pelos cinco anos de Psicologia. Os participantes evocaram palavras a partir da audição do termo “psicólogo”, sendo tais evocações analisadas por meio da técnica de análise de conteúdo do tipo temática (BARDIN, 2004). O grupo focal, por seu turno, teve a participação de 12 discentes de todas as turmas do curso ao longo de 05 encontros. Tais momentos foram videogravados e as conversações transcritas e analisadas através da técnica de análise de conteúdo com foco no referente. Os resultados foram analisados de modo complementar e integrado e sinalizaram a continuidade da representação social sobre o psicólogo centrada no desenho clínico tradicional, porém o processo formativo em que estão imersos os estudantes, com tensionamentos de saberes e com o contexto de formação em Psicologia no interior vem propiciando abertura à presença de outros traços a esse desenho, provocando movimentações nas representações em tela. Desse modo, concluímos com o destaque à necessária compreensão de que o processo formativo tem um caráter polifásico, no sentido das relações entre saberes distintos, o que deve ser observado e colocado em diálogo ao longo da formação.