Uma Ode ao Livro: a educação, o bibliotecário, uma formação para a vida.
Literatura, Complexidade, Educação
A dissertação defende a tese de que o livro, na forma como o
conhecemos, não acabará. Propõe de uma forma geral fazer o que
denominamos de um manifesto em louvor a este artefato das palavras no
âmbito da literatura e da cultura científica. Ao utilizar o método como
estratégia, elege como operador cognitivo o livro Não contém com o fim do
livro, de Umberto Eco e Jean-Claude-Càrriere. Apresenta em seus capítulos
um breve histórico sobre a evolução dos suportes informacionais e narra uma
história do livro construído em bases complexas; destaca o caráter
contemporâneo do livro na concepção da palavra defendido por Giorgio
Agomben (atemporal, longe de visões deterministicas cronológicas-causais)
em detrimento dos efêmeros suportes informacionais tecnológicos; elege o
livro como ferramenta do aprendizado da ciência e da cultura, na
concepção de literatura e romance preconizada por Edgar Morin; e, por fim,
constrói, a partír das narrativas de dois intelectuais e amantes do Iivro, uma
ode ao livro. De natureza bibliográfico, recorro a filósofos da ciência e da
cultura, como Edgar Morin, Maria da Conceição de Almeida, llya Prigogine,
Giorgio Agamben, Vandana Shíva, Pierre Levy, Umberto Eco, Roger Chartier,
para a construção do referencial teórico. A dissertação se situa na interface
entre literatura, complexidade e educação.