A ERA DO CAPITALISMO AFETIVO: gerenciamento emocional e os impactos na saúde dos Assistentes Sociais do Hospital Universitário Lauro Wanderley na Pandemia Covid-19
Serviço Social; Sociologia da Saúde; EBSERH; Pandemia.
Este trabalho é sobre os impactos na saúde dos Assistentes Sociais do Hospital Universitário Lauro Wanderley durante a Pandemia Covid-19. Tomando como referenciais teóricos os escritos de Karl Marx, Eva Illouz e Arlie Russell Hochschild, se propõe um estudo sobre a gestão da EBSERH no referido hospital para investigar como determinado ethos empresarial - tomado pela incorporação de regras de sentimentos institucionalizadas e um intenso gerenciamento emocional - operaria um processo de mercantilização das emoções nocivo à saúde dos Assistentes Sociais, intensificado durante a pandemia da COVID-19. A perspectiva aqui adotada é a de que o “capitalismo afetivo” produziu uma forma ainda mais sofisticada de alienação que não se funda necessariamente na cisão entre o trabalhador e o objeto por ele fabricado, mas entre este e sua própria subjetividade. Em outras palavras: nesse novo sistema o produto alienado é um estado mental, expressão do sofrimento contemporâneo.