POIESIS CINEMÁTICAS: HISTÓRIAS, ESTESIAS E O DIÁLOGO DO CINEMA DE PETER GREENAWAY COM A POÉTICA BACHELARDIANA
Cinema; estética; Peter Greenaway; Gaston Bachelard; cinema tátil.
A presente tese expõe os caminhos por meios dos quais desenvolvemos reverberações poéticas sobre o cinema de Peter Greenaway, escritor e diretor de cinema, além de artista multimídia inglês, cujas marcas principais evidenciam uma leitura crítica do cinema contemporâneo, pari passu a práxis de uma linguagem enciclopédica e metalingüística em suas composições audiovisuais. Os filmes do cineasta britânico dialogam do ponto de vista estético com a ruptura de um cinema contemplativo com vistas a ofertar um “cinema de idéias”, como assegura o autor. Nessa perspectiva, a pesquisa apresenta como estratégia metodológica a análise estética de suas obras O cozinheiro, o ladrão, sua mulher, e o amante (1989) e O livro de Cabeceira (1996), além de outras referências cinematográficas citadas ao longo da tese, como pano de fundo para uma leitura que propõe uma teoria imaginativa do referido cineasta e, talvez, também filosófica, com base em seus filmes, depoimentos e entrevistas. Para buscar compreendê-lo do ponto de vista estético, trazemos para a interlocução principal as contribuições de uma fenomenologia da imaginação proposta pelo filósofo e poeta francês, Gaston Bachelard, a quem também dedicamos uma leitura e contribuição à parte considerável desta obra.