ESTADO, DESENVOLVIMENTO E QUESTÃO REGIONAL: REFLEXÕES SOBRE A QUESTÃO NORDESTINA NA FORMAÇÃO ECONÔMICO-SOCIAL BRASILEIRA
Estado. Desenvolvimento Desigual. Questão Nordestina.
Objetivamos com este trabalho, ainda em construção, estudar a relação do Estado brasileiro com a questão nordestina, no âmbito da formação econômico-social brasileira, a partir dos diversos períodos que compreendem a formação da ordem social competitiva e do bloco desenvolvimentista (1930-1985), passando pela crise do desenvolvimentismo no marco da mudança do padrão de acumulação industrial periférico e ascensão do neoliberalismo (1990-2002), até chegar a sua variação posterior que é o neodesenvolvimentismo (2003-2016) chegando à crise deste, e de volta o neoliberalismo (2016-2018) na sua forma mais bruta, pós-golpe institucional. Para isto, a partir do sistema de pensamento materialista e dialético, propomos uma vasta revisão bibliográfica sobre aspectos diversos da questão regional brasileira e das políticas de desenvolvimento regional nos diferentes períodos, mobilizando o referencial teórico para compreensão do movimento histórico, e uma investigação documental das diversas propostas de políticas promovidas pelo Estado brasileiro. Em se tratando do exame de qualificação, não dispomos de resultado e conclusões a serem apresentados, no entanto destacamos a hipótese mais geral do nosso trabalho: há uma questão regional irresoluta no Brasil – a questão nordestina – ou seja, entendemos que pela própria dinâmica da formação econômico-social brasileira e o avanço do capitalismo na periferia nacional devido a combinação de elementos modernos e tradicionais o Nordeste foi relegado a uma posição subalterna, onde esses problemas se reinventam, a partir da própria dinâmica do desenvolvimento capitalista.