POR UMA POÉTICA NA VELHICE ASILAR: arquitetando casas oníricas
Velhice; morte; isolamento; invisibilidade; casas; Bachelard.
O tabu sobre a morte vem se constituindo fortemente no imaginário do envelhecimento, de modo a dar invisibilidade às pessoas consideradas idosas. O que traz um grave problema social, na medida em que a sociedade brasileira está envelhecendo progressivamente (ocupando o lugar da sexta nação mais velha do planeta) e por outro lado, há um conjunto de negação deste envelhecimento e a necessidade da criação de isolamentos para que os velhos – que não atuem mais socialmente – possam sobreviver. Esse imaginário sobre a velhice, que dá invisibilidade ao velho, se mostra nas práticas sociais, como por exemplo, na prática do asilamento dos idosos. Assim se dá a importância em estudar um caso específico (Lar da Vovozinha), observando as relações entre o imaginário da morte e o envelhecimento que estão presentes, tanto nas práticas institucionais do asilo, como nas práticas da família com o idoso e também na própria ligação do idoso com este espaço. Sendo assim, o objetivo do trabalho é compreender a relação do imaginário de mulheres asiladas e seu cotidiano, na construção em suas casas oníricas através da fenomenologia da imaginação de Gaston Bachelard.