É Proibido Envelhecer: as relações entre morte e envelhecimento no Brasil atual
Velhice; morte; isolamento; invisibilidade.
O tabu da morte e o imaginário sobre o envelhecimento refletem em comportamentos sociais importantes. Desde a negação da morte até o isolamento dos idosos. Estes são campos fundamentais para compreender a sociedade brasileira neste início do século XXI. Enquanto o relatório da Organização das Nações Unidas aponta que no Brasil hoje, são 15 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que corresponde a 9,8% de longevos e a projeção é que em 2025 sejam 32 milhões de idosos, colocando o Brasil como a 6ª. Nação mais envelhecida do planeta, por outro lado existe uma negação da velhice e da morte. Com esses dados, podemos levantar alguns questionamentos importantes. Como é envelhecer em pleno século XXI? Qual o imaginário deste envelhecer num país que está em segundo lugar em cirurgias plásticas do mundo? Como se constrói essa relação entre o estar velho e suas expectativas? O estudo se concentra no Lar da Vovozinha, lugar de abrigo para quarenta idosas entre 62 e 95 anos de idade. A partir de entrevistas, vivências e oficinas de poesias elas escreverão imagens deste envelhecer num isolamento. O que elas sonham? O que elas sentem? Como é envelhecer para estas mulheres? O estudo se concentra na invisibilização e discriminação do velho e da velhice na sociedade contemporânea, em especial no Brasil.