Antes que eu esqueça, insere-se no campo dos estudos sobre o envelhecimento como uma das múltiplas possibilidades de olhares e reflexões sobre as trajetórias percorridas por sujeitos que se encontram na velhice, a partir de uma leitura das práticas exercidas por estes em seu habitat (casa e rua) bem como a sua participação em novos espaços de sociabilidades como o centro de convivência do idoso e o CRAS, na cidade de Mossoró. Trata-se de uma pesquisa qualitativa realizada durante oito meses, em que foram utilizadas técnicas como a observação participante, roda de conversas e entrevistas formais. A análise apoiou-se nas teorias de Bosi (2001), Debert (1998) Beauvoir (1990) e Bobbio() para descrição da velhice e de outros colaboradores para oferecer suporte às temáticas interligadas ao estudo como o sistema de reciprocidade de Mauss (2003) o lazer e a família, além das dimensões cotidianas presentes em suas mais variadas formas de espacialidades teorizadas por Da Matta e Gilberto velho. Concluindo, pode-se dizer que o aumento da longevidade conjugado aos adventos modernos contribui para o nascimento de um novo tipo de envelhecimento que tem conduzido ao idoso a assumir papéis sociais não previstos pela literatura e pelas políticas públicas, produzindo assim efeitos expressivos e positivos socialmente.