Visibilidade Espetacular e relações de poder no reality show BBB-9
Corpo. Big Brother. Consumo. Imagem. Reality Show.
No presente trabalho, fazemos uma incursão sobre o reality show, num estudo específico do programa Big Brother Brasil-9, abordando a questão da visibilidade e do espetáculo por meio dos conceitos de cultura, corpo, poder e comunicação. O vinculamos à teoria de poder proposta por Michel Foucault. O corpo, em nossa análise, encontra-se preso a micro poderes, acarretando transformações na rede de relações estabelecidas pelos participantes do BBB. Buscamos, através de uma abordagem plurimetodológica, explicar como se dão as relações de poder neste programa/jogo televisivo e a transformação de pessoas anônimas em celebridades, relacionando, com tudo isto com a lógica de um consumo de imagens. Na contemporaneidade, as imagens são poderosas mediadoras da comunicação e servem de suporte aos produtos midiático, na ficção e banalidade ou diferentes ações e experiências cotidianas. Como referência empírica, o trabalho fundamenta-se no Big Brother Brasil, exibido pela Rede Globo de Televisão, canal aberto, no período de 13 de janeiro a 07 de abril de 2009. Diante dos resultados obtidos pela análise, verificamos que o BBB-9 através dos diversos testes, provas e situações criadas entre os participantes dentro do jogo atualiza relações de poder e de exclusão, na disputa pelo sucesso individual, a qualquer custo. O público/telespectador ao participar através da votação do programa funciona como um regulador pedagógico que qualifica, classifica e pune as condutas privadas dos jogadores, sendo responsável pela possível aceitação, ou não, das pessoas, durante o transcorrer do jogo.