Orientação e Magnitude de Tensões Na Bacia Potiguar. Implicações para a evolução de Bacias em Margens Passivas.
Bacia Potiguar, Estado de Tensões em bacias sedimentares, Estado de Tesões, Orientação do campo de Tensões, Magnitude das Tensões principais
Esse estudo apresenta novos dados de orientação do campo de tensões na Bacia Potiguar derivados de “breakouts” e fraturas induzidas analisados em dez poços perfurados na Bacia Potiguar, uma bacia localizada na margem equatorial da placa sul-americana, nordeste do Brasil. Os dados de “breakouts” e fraturas induzidas foram interpretados a partir de perfis de imagem resistiva adquiridos em poços localizados em diferentes regiões e profundidades da Bacia. Os dados de orientação do campo de tensões derivados dessa interpretação de perfis de imagem foram integrados a dezenove mecanismos focais de sismos no embasamento cristalino localizados nas bordas leste, oeste e sul da Bacia Potiguar, cujos dados de orientação do campo de tensões encontram-se publicados na literatura. Adicionalmente, as magnitudes das três tensões principais: vertical, horizontal mínima e máxima, foram determinadas a partir de dados de fraturamentos hidráulicos, perfis de imagem e resistência à compressão das rochas das formações Açu, Alagamar e Pendência. Os dados obtidos nesse estudo foram aplicados para investigar-se o quão representativo são os dados de magnitude e orientação de tensões nas rochas sedimentares, que preenchem a Bacia Potiguar, daqueles dados de tensão obtidos de mecanismos focais em sismos localizados no embasamento cristalino. A análise das magnitudes de tensões indicou um descolamento entre o regime de falhas: normal na rochas sedimentares das FM Açu e Alagamar e transcorrente nos poços mais profundos da FM Pendência e mecanismos focais localizados no embasamento cristalino.