Modelos de Q constante podem descrever a atenuacao do sinal de GPR causada por dieletricos naturais?
Atenuação; GPR; Formalismo de Jonscher; Lei de Potência; Permissividade; modelo de Q constante
Este trabalho investiga o comportamento da atenuação de sinais de Radar de Penetração no Solo (GPR) em diferentes materiais geológicos, como arenitos deformados e não deformados e carbonatos, utilizando o modelo de fator de qualidade �� do formalismo de Jonscher. Um dos objetivos do trabalho é determinar se o modelo de �� constante é adequado para descrever a atenuação observada nos materiais estudados, e os resultados são comparados com o ajuste da lei de potência do modelo proposto. As amostras foram obtidas da Bacia do Rio do Peixe e da Bacia Potiguar, com suas propriedades analisadas experimentalmente. A metodologia incluiu medidas de permissividade com o analisador de materiais/impedância RF Agilent E4991A, e os dados obtidos foram ajustados utilizando um código baseado no modelo de Jonscher. Os resultados indicam que o modelo de �� constante não descreve adequadamente a variabilidade observada nas amostras. Em contrapartida, a lei de potência oferece uma melhor correspondência, capturando de forma eficaz as flutuações do fator �� em função da frequência, especialmente para materiais geologicamente complexos como carbonatos e arenitos deformados. O estudo também mostra que a o modelo de lei de potência é uma ferramenta robusta para modelar a atenuação em frequências variadas, destacando a necessidade de revisitar o uso do modelo de �� constante em contextos em que a atenuação é fortemente influenciada por heterogeneidades estruturais. As informações obtidas com esse estudo, são de grande relevância para investigações geofísicas, pois fornecem insights importantes para a melhoria da interpretação de dados GPR, especialmente em estudos de subsuperfície em ambientes cársticos e fraturados, onde a presença de cavidades e zonas de dissolução afetam diretamente a propagação das ondas.