Determinação das velocidades da onda S para estruturas rasas na Bacia de Potiguar utilizando interferometria sísmica passiva
sísmica passiva; interferometria sísmica; ondas superficiais; curva de dispersão; inversão
A interferometria sísmica passiva provou ser uma ferramenta para a obtenção de informações subsuperficiais em escala crustal, regional e local. Esta ferramenta é utilizada no presente trabalho para determinar parâmetros de modelos de velocidade na Bacia Potiguar, utilizando dados de ruído sísmico ambiente obtidos por sensores em superfície durante duas operações de fraturamento hidráulico. A distância mínima e máxima entre os sensores deste experimento são de 10 e 1.500 m, respectivamente. Os registros de ruído sísmico ambiente são processados para obter correlogramas contendo a Função de Green empírica entre os diferente pares de sensores utilizados no experimento. Com estes correlogramas, obtemos curvas de dispersão que nos permitem estimar os valores velocidade de onda S em subsuperfície utilizando um modelo 1D de Terra. Estes perfis 1D de velocidade de onda S são a base para a caracterização das camadas rasas de sedimentos da bacia Potiguar na região estudada. A relação custo-benefício da interferometria sísmica passiva nos permite considerar este método como uma opção viável para projetos exploratórios com baixos custos econômicos e ambientais. Adicionalmente, o método pode auxiliar a melhorar a resolução das estruturas mais rasas de levantamentos sísmicos com sísmica ativa.