Unidade Barra de Tabatinga - aspectos sedimentológicos e estratigráficos de um pulso transgressivo marinho pleistocênico no litoral do Rio Grande do Norte-Brasil.
pulso transgressivo; Pleistoceno, análises sedimentológicas; análises isotópicas; Unidade Barra de Tabatinga
A variação relativa da linha de costa e suas feições morfológicas estão associadas diretamente interferências tectônicas e paleoclimáticas. Essas variações modelam os sistemas deposicionais localmente atuantes, empilhando unidades litoestatigráficas com assinaturas únicas, no que diz respeito ao litotipo, estruturas sedimentares, diagênese, idades deposicionais e cristalização da rocha fonte. Foi realizado levantamento bibliográfico buscando consolidar um pulso transgressivo datado, através de termoluminescência, em 210.000±10.000 anos, correlato ao pico da antepenúltima transgressão marinha da costa brasileira. Avaliações sedimentológicas e granulométricas apontam ambientes de baixa energia de deposição, correlatos a sistemas de intermarés, para tal foram descritos afloramentos, confeccionadas lâminas e realizada análise em granulômetro. Análises isotópicas Sm-Nd, incluindo sedimentos adjacentes a linha de costa, foram realizadas objetivando a caracterização das assinaturas isotópicas e identificação de suas prováveis áreas fonte. A associação das variações relativas do nível do mar, caracterização sedimentológica e proveniência de sedimentos, desempenham papel fundamental na análise de sucessões sedimentares siliciclásticas, permitindo assim a reconstituição dos parâmetros tectônicos, estratigráficos e geográficos. Após o processamento das informações foi possível caracterizar e inserir na estratigrafia regional, a Unidade Barra de Tabatinga, depositada durante um pulso transgressivo pleistocênico, assim, de gênese diferente das unidades sotoposta e sobreposta, respectivamente, formações Barreiras e Potengi.