Modelagem numérica e análise do comportamento de um aquífero não confinado sob condicionamento estrutural
zonas de falha; aquífero não confinados; modelos numéricos; condutividade hidráulica
A ocorrência de zonas de falhas em aquíferos de natureza clástica, além de condicionar sua geometria em termos de compartimentação estrutural, proporciona um incremento na sua anisotropia. A presente pesquisa tem por objetivo analisar o comportamento de zonas de falha no contexto hidrogeológico de um aquífero não confinado, tendo como exemplo uma área no NE do Brasil. A metodologia foi fundamentada na utilização de modelos inversos de SEVs, imageamento geoelétrico 2D e correlação de perfis de poços, estes destinados a aprofundar a estruturação local. Posteriormente, aplicou-se a esse contexto modelos numéricos compondo três camadas geológicas desenvolvido na plataforma Visual MODFLOW, além da reinterpretação de testes de aquífero. Essa metodologia possibilitou reconhecer a forte influência das principais zonas de falha na área de estudo, ressaltando a decorrente anisotropia no aquífero na forma de contatos laterais entre zonas de diferentes condutividades hidraúlicas. Na modelagem numérica, a conexão entre o aquífero e as zonas de falha foram satisfatoriamente simuladas na forma de limites permeáveis, revelando-se através de inflexões nas curvas equipotenciais e erro residual da ordem de 8,9%. Esse contexto é compatível com um incremento da condutividade hidráulica nessas zonas de falha consideradas. Adicionalmente, os testes de aquífero corroboraram com essa observação, uma vez que apresentaram uma tendência de recuperação de níveis dinâmicos na medida em que os respectivos cones de depressão dos poços bombeados atingem as zonas de falha. Portanto, as zonas de dano desses falhamentos comportam-se como um conduto facilitador ao fluxo subterrâneo.