BACIAS PRÉ-SILURIANAS NA PORÇÃO CENTRO-OESTE DA PROVÍNCIA PARNAÍBA
Bacia do Parnaíba, Pré-Siluriano, Arcabouço Tectônico, Sistemas de Antepaís
Esta pesquisa apresenta os resultados da interpretação de uma malha sísmica 2-D na porção centro-oeste da Bacia do Parnaíba, com enfoque no intervalo préSiluriano e no embasamento cristalino. Grábens pré-silurianos têm sido interpretados no substrato da bacia, com implicações no controle da subsidência e consequente desenvolvimento da sinéclise durante o Paleozoico. A bacia pré-siluriana na região de Balsas (MA) encontra-se compartimentada por um alto estrutural em dois depocentros principais. No setor oriental da área de estudo, os estratos pré-silurianos possuem uma geometria externa do tipo cunha que se espessa em direção a uma importante falha normal de direção N-S, com cerca de 100 km de extensão, que delimita este depocentro a leste. Por sua vez, o depocentro a oeste do alto estrutural exibe estruturas contracionais. Foi possível individualizar duas sismosequências no intervalo pré-siluriano. A SEQ 1 é caracterizada por um pacote de espessura regular constituído por refletores paralelos de alta amplitude, que formam um arco suave sobre o alto estrutural. A SEQ 2 é caracterizada por refletores de baixa frequência e amplitude, configurando sismofácies paralelas com mergulho para leste. Ambas as sismosequências encontram-se deformadas por dobras e empurrões no setor ocidental da área de estudo, destoando do estilo distensional observado a leste. Propõe-se que o intervalo pré-siluriano corresponda a depósitos de wedge-top de um sistema de antepaís associado à colisão do Bloco Parnaíba com o Cráton Amazônico ao longo da Faixa Araguaia, durante o amalgamento do Gondwana Ocidental no Neoproterozoico.