CARTOGRAFIA GEOFÍSICA DO MAGMATISMO MESOZOICO NA BACIA DO PARNAÍBA
Bacia do Parnaíba, Formação Mosquito, Formação Sardinha, dados magnéticos aerotransportados, mapeamento semi-automático e medidas de susceptibilidade magnética
Em um contexto tectônico de ruptura do megacontinente Pangea, que levou à abertura do Oceano Atlântico, rochas ígneas intrusivas (diques e soleiras) e extrusivas, de composição básica, acomodaram-se na Bacia do Parnaíba. Do ponto de vista estratigráfico, as expressões deste magmatismo mesozoico foram divididas em duas unidades: Formação Mosquito e Formação Sardinha. A presente pesquisa tem por objetivo principal a cartografia geofísica regional de corpos magmáticos da Bacia do Parnaíba com base em dados magnéticos aerotransportados e levantamentos de campo. Uma técnica de mapeamento semi-automático (Self-Organizing Maps - SOM) foi também aplicada para a caracterização mais detalhada das estruturas alvo em superfície e sub-superfície. As informações obtidas estão sendo checadas em levantamentos de campo, que envolvem coleta de amostras de rochas para medidas de susceptibilidade magnética, análise geoquímica e datação radiométrica. Nos mapas magnéticos, as rochas vulcânicas das formações Mosquito e Sardinha são mapeadas através de uma assinatura geofísica padrão com anomalias de alta amplitude e curto comprimento de onda. Em especial no mapa da amplitude do sinal analítico, é possível cartografar a ocorrência destes eventos magmáticos na Bacia do Parnaíba, concentradas em uma faixa central E-W e nos extremos SW e NE da bacia. Além disso, identificamos diferenças entra as anomalias magnéticas correlacionadas às rochas das formações Mosquito e Sardinha por meio da direção preferencial dos lineamentos magnéticos e dos dados de susceptibilidade magnética coletados na fase de campo.