PIROMETAMORFISMO PROVOCADO POR INTRUSÕES BÁSICAS CENOZOICAS EM ROCHAS DA BACIA POTIGUAR, RN: INTEGRAÇÃO DE DADOS GEOLÓGICOS E PETROFÍSICOS.
Pirometamorfismo; Petrofísica; Bacia Potiguar; NE do Brasil.
A Bacia Potiguar, localizada na margem equatorial Brasileira, possui diversas rochas sedimentares que são afetadas por intrusões ígneas básicas cenozoicas, conhecidas como Magmatismo Macau. Dentre os efeitos mais proeminentes, relacionados a estas intrusões, temos a formação de buchitos, rochas pirometamórficas que ocorrem a altas temperaturas e pressões muito baixas, na fácies sanidinito. Por meio de revisão bibliográfica, observações de campo, petrografia, petrofísica e acesso a banco de informações de trabalhos prévios na área e neste tema, foi possível caracterizar e estimar os efeitos termais encontrados na Bacia Potiguar. Para isso, foram descritas 83 lâminas delgadas e confeccionados mapas geológicos para definir auréolas termais para diversos corpos em conjunto com o modelamento térmico 2D do entorno das intrusões. As feições mais relevantes associadas às intrusões são: compactação, faturamento hidráulico, fusão parcial e recristalização das rochas encaixantes. De acordo com as ocorrências minerais registradas, interpretam-se temperaturas atuantes na colocação magmática em torno de 850 até 1250 oC e pressões inferiores a 1 kbar. O modelamento térmico realizado para o plug Cabeço de João Felix registrou o efeito termal até 400 m do contato e tempo de resfriamento de aproximadamente 30 anos. No resfriamento também foi registrada a remobilização de porções sedimentares presentes e liberação de fluidos metassomaticos / hidrotermais em algumas regiões, ocasionando silicificação e carbonatização de algumas rochas.