ANÁLISE GEOAMBIENTAL DA PLATAFORMA CONTINENTAL RASA EQUATORIAL, POR MEIO DE SENSORIAMENTO REMOTO E DADOS SEDIMENTOLÓGICOS: PARRACHOS DE RIO DO FOGO-RN, BRASIL
Recifes de Corais; Batimetria; Geomorfologia; Sensoriamento Remoto; Mapeamento Ambiental.
A Plataforma Continental possui grande importância no estudo da evolução costeira, pois representa uma área afetada pelas oscilações do nível do mar no período Quaternário. Na plataforma continental rasa no Nordeste do Rio Grande do Norte, importantes feições geomorfológicas submersas podem ser encontradas a cerca de 6 km da linha de costa. São os recifes de corais, conhecidos localmente por parrachos. O presente estudo objetiva caracterizar e analisar as feições geomorfológicas e da superfície bentônica, além da distribuição dos sedimentos biogênicos encontrados nos parrachos de Rio do Fogo e plataforma rasa associada, a partir da utilização de produtos de sensores remotos e coletas de dados in situ. Para isto foram criados mapas sedimentológicos, batimétricos e geomorfológicos gerados a partir de composições de bandas de imagens dos sensores orbitais ETM+/Landsat-7, OLI/Landsat 8, MS/GeoEye e PAN/WordView 1, e análise de amostras de sedimentos de fundo. Estes mapas foram analisados e interpretados de forma integrada e validados em trabalhos de campo, permitindo ao final, a geração de um novo zoneamento geomorfológico da plataforma rasa em estudo e um mapa geoambiental dos Parrachos de Rio do Fogo. As imagens utilizadas, foram submetidas a técnicas de processamento digital de imagens (PDI). Todos os dados e informações obtidos estão armazenados em um Sistema de Informações Geográficas (SIG) e podem ser disponibilizados a comunidade científica. Esta plataforma rasa possui um fundo carbonático, composto principalmente por algas. As amostras de sedimento coletadas e analisadas podem ser classificadas como areias carbonáticas biogênicas, onde 75% do material encontrado é composto por algas calcárias. As classes mais abundantes são às algas verdes, algas vermelhas, sedimentos não biogênicos (grãos minerais), algas antigas e os moluscos. Nos parrachos foram mapeados: o Canal de Barreta, recifes intermareais, recifes submersos, rastros e sulcos, piscinas, um banco arenoso e composto por algas, fanerógamas marinhas, caminhos submersos e o Canal de Rio do Fogo. O presente trabalho apresenta novas informações sobre a geomorfologia e evolução da área de estudo e será norteador, em futuras tomadas de decisão no manejo e gerenciamento ambiental da região.