Geomorfologia do Talude Continental Brasileiro, adjacente ao Cabo Calcanhar-RN
Talude Continental; Batimetria Multifeixe; Morfologia; Canyons.
Localizada na Margem Equatorial Brasileira (MEB) a área de estudo integra a mais nova fronteira exploratória brasileira em águas profundas e ultraprofundas. Entretanto, a MEB carece de estudos e a área selecionada no extremo leste da Bacia Potiguar, é uma das menos conhecidas. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi mapear a região no Talude Continental Brasileiro, adjacente ao Cabo Calcanhar (RN) entre as isobatas de 100 e 2.000 m de profundidade. Foram utilizados dados batimétricos multifeixe levantados no período de junho a julho de 2022, a bordo do Navio Hidroceanográfico Cruzeiro do Sul (MB). Os dados foram processados utilizando o Software CARIS 11 e os Mapas Digitais de Terreno (MDT) foram exportados utilizando o mesmo software. A partir da análise e interpretação dos dados foram tecidas considerações sobre o fundo marinho. Ao longo da área de estudo foram identificados 10 Canyons, os quais foram divididos em dois grupos: A e B, quanto as características morfológicas. Os Canyons do Campo A possuem extensão média de 14.5 km e largura de 2.5 km, enquanto os Canyons do Campo B são maiores com extensão média de 21 km e largura de 3.5 km. A declividade do Talude Continental, apresentado nos perfis batimétricos, apresentaram uma variação de 0o a 35o. Na parede dos Canyons foram encontradas feições de ravinamento e ravinas de alimentação, feições circulares e sulcos no talude médio, terraços, desfiladeiros e cicatrizes de deslizamentos no talude externo e bacia oceânica.