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Dissertations |
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ROGERIO CAVALCANTE
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PETROLOGIA E GEOLOGIA ESTRUTURAL DO PLÚTON GRANÍTICO BARCELONA, PROVÍNCIA BORBOREMA, NE DO BRASIL
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Advisor : ANTONIO CARLOS GALINDO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ANTONIO CARLOS GALINDO
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JAZIEL MARTINS SA
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VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS
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Data: Jan 30, 2015
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Show Abstract
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A presente dissertação procurou avançar no conhecimento geológico das rochas do Plúton Granítico Barcelona (PGB), corpo esse que está localizado na região que abrange o Domínio Rio Grande do Norte (DRN) na sua porção leste, no denominado Subdomínio São José do Campestre (SJC) (Província Borborema, NE do Brasil). O objetivo principal foi compreender a evolução geológica das rochas desse plúton, do ambiente de geração do magma até o ambiente em que o mesmo foi alojado. O Plúton Granítico Barcelona (PGB) localiza-se na porção oeste do Subdomínio São José do Campestre, porção leste do Domínio Rio Grande do Norte na Província Borborema, possui área aflorante de aproximadamente 260 km2, com idade Ediacarana presumida. O PGB é formado por três fácies petrográficas/texturais distintas: (a) granito porfirítico (biotita monzogranitos) dominante; (b) os diques e sheets de microgranitos (biotita granodioritos); e (c) rochas de composição máfica a intermediária (dioríticas a quartzo-dioríticas) que ocorrem essencialmente como enclaves. A fácies granito porfirítico possui plagioclásio (oligoclásio com An25-20%), K-feldspato (microclina pertítica) e quartzo compondo sempre mais de 70% modal. Biotita e anfibólio são os minerais máficos dominantes, epídoto, titanita, allanita, opacos, zircão e apatita, os acessórios. As rochas do PGB possuem as seguintes estruturas: (i) uma trama magmática (Smag) dominante com direção NE-SW e NW-SE, acompanhado por uma lineação magmática (Lmag) mergulhando suavemente para NE-SW e NW-SE, principalmente. Na porção sul do PGB, destaca-se padrão concêntrico desta foliação com caimento médio a alto, e (ii) a foliação de estado sólido (S3+) possui aspecto milonitizado, localizada principalmente na borda leste do corpo granítico, com direção NE-SW e caimento suave a moderado para W. A sugestão do modelo de alojamento das rochas do PGB foi baseada na combinação do estudo das medidas estruturais de afloramentos e em dados gravimétricos. O alojamento desse corpo granítico é controlado por sistemas de zonas de cisalhamento transcorrentes, denominadas de ZCLP (Zona de Cisalhamento Lajes Pintadas) e ZCSN (Zona de Cisalhamento Sítio Novo) ambas de cinemática dextrógira e deformação em regime transcorrente com a segunda estando relacionada a ascenção do mesmo. A química mineral mostra que os anfibólios da fácies porfirítico é a hastingsita com moderadas razões Mg/(Mg+Fe), indicando formação em ambiente com moderada a elevada ¦O2 e pressões de cristalização da ordem de 5,0-6,0kbar. As biotitas possuem composição com leve tendência para o pólo da annita (Fe), mostram um trend que partem do campo das biotitas primárias para o das biotitas primárias reequilibradas. Em diagramas discriminantes de séries magmáticas as biotitas se comportam como àquelas de afinidade subalcalina, coerentes com a afinidade geoquímica cálcio-alcalina potássica/subalcalina da rocha hospedeira (granitos porfiríticos). Os minerais opacos são essencialmente magnetitas, com alguns cristais martitizados para hematita, indicando condições relativamente oxidantes durante a evolução do magma que originou o PGB. Zonação em cristais de plagioclásio, K-feldspato e allanita, são indicativos que o processo de cristalização fracionada. A litogeoquímica mostra que as fácies granito porfirítico e microgranito plotam na maioria dos diagramas de campo e trend como rochas com afinidades transicionais entre subalcalina e cálcio-alcalina de alto K, e quanto ao índice de saturação em alumínio estão entre os campos meta a peraluminoso. Os dados de litogeoquímica sugerem que as fácies do PGB estudados tenham uma fonte magmática similar, mas com histórias evolutivas diferentes (co-magmáticos).
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MIKAELLE ARAUJO CARNEIRO
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ESTUDO TECTÔNICO E MORFOESTRUTURAL DO CARSTE NA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR.
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Advisor : FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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COMMITTEE MEMBERS :
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FRANCISCO CEZAR COSTA NOGUEIRA
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FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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MARCELA MARQUES VIEIRA
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Data: Feb 5, 2015
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Show Abstract
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O Estado do Rio Grande do Norte é privilegiado pela existência de quatro Províncias Espeleológicas distribuídas da seguinte forma: Província do Mato Grande, situada ao norte do estado; Província da Chapada do Apodi, na porção oeste; Província Seridó, situada ao sul do estado; e a Província do Alto Oeste, no sudoeste do estado. Este trabalho abordará a influência de feições estruturais em relação à morfogênese de ambientes cársticos, bem como sua relação com porosidade e permeabilidade dos carbonatos da formação Jandaíra. A formação Jandaíra faz parte do Grupo Apodi, é uma unidade litoestratigrafia Turoniana-Campaniana pós-rifte na Bacia Potiguar e encontrase no contato inferior concordante com as rochas siliciclásticas igualmente aflorantes da Formação Açu. Para um melhor resultado na pesquisa, foi utilizado o VANT (Veículo Aéreo Não Tripulado). O VANT pesa cerca de 900 gramas e com 50 centímetros de largura, esse dispositivo alcança uma altura máxima de 400 metros e seguindo um plano de voo consegue fazer várias imagens e após um processamento, obtém-se um mosaico com todas as fotos e assim uma imagem área de alta resolução é gerada. Foram exploradas 17 cavidades no Lajedo do Rosário, das quais foram selecionadas apenas as cavidades imageadas pelo VANT no total de 8 cavidades distribuídas pelo o lajedo. A área de estudo foi fragmentada em três domínios e escolhida com base na necessidade de investigar o comportamento dos diferentes sets de fraturas em superfície e subsuperfície, que possuem quatro padrões distintos de trend de direção preferencial, são eles: N-S predominante na porção central, E-W que são as fraturas bem marcadas na porção oeste da área e por fim, pares conjugados na direção NE-SW e NW-SE na porção leste. A porosidade é evidente na interconexão de duas fraturas, pois o ponto de encontro entre ambas sofre colapso, gerando uma feição negativa, ou seja, uma cavidade. Vale ressaltar que a porosidade é bastante influenciada pelo regime tectônico da região, pois é bem visualizada em diferentes escalas, tanto na escala de afloramento quanto na escala vista na imagem do VANT. Além disso, foi observado em superfície, os lajedos totalmente fraturados e basculados onde o mesmo apresenta diferentes feições cársticas, de padrões tectônicos e atectônicos.
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RENATO RAMOS DA SILVA DANTAS
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RESOLUÇÃO EM TOMOGRAFIA DE TEMPO DE TRÂNSITO POÇO-A-POÇO: A DEPENDÊNCIA DA ILUMINAÇÃO.
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Advisor : WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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COMMITTEE MEMBERS :
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WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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ROBERTO HUGO BIELSCHOWSKY
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JESSÉ CARVALHO COSTA
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Data: Mar 5, 2015
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Show Abstract
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O aspecto fundamental na resolução limitante em tomografia de trânsito poço-a-poço é a iluminação, um resultado bem conhecido mas não tão bem exemplificado. A resolução no caso 2D é revisitada usando uma simples abordagem geométrica baseada na distribuição de aberturas angulares e nas propriedades da Transformada de Radon. Analiticamente é mostrado que se uma interface tem mergulhos contidos nos limites da abertura angular em todos os pontos, ela é corretamente imageada no tomograma. Por inversão de dados sintéticos, esse resultado é confirmado e é também evidenciado que artefatos isolados podem estar presentes quando o mergulho estiver próximo do limite de iluminação. No sentido inverso, entretanto, se uma interface é interpretável por um tomograma, mesmo uma interface aproximadamente horizontal, não há garantia de que ela corresponda a uma interface verdadeira. De modo semelhante, se um corpo estiver presente na região entre os poços, ele é imageado no tomograma de forma difusa, mas suas interfaces - em particular, as bordas verticais - podem não ser resolvidas, e artefatos adicionais podem estar presentes. Novamente, no sentido inverso, não há garantia que uma anomalia isolada corresponda a um corpo anômalo verdadeiro, pois sua anomalia pode também ser um artefato. Juntos, esses resultados declaram o dilema dos problemas inversos mal-postos: ausência de garantia de correspondência à distribuição verdadeira. As limitações devidas à iluminação podem não ser resolvidas pelo uso de vínculos matemáticos. É mostrado que tomogramas poço-a-poço derivadas pelo uso de vínculos de esparsidade, usando tanto a Transformada de Cosseno Discreto como as bases Daubechies, basicamente reproduzem as mesmas características vistas em tomogramas obtidos com o vínculo de suavidade clássico. É necessário que interpretações sejam feitas sempre levando em consideração as informações a priori e as limitações particulares devido à iluminação. Um exemplo de interpretação de um levantamento de dados reais dentro deste contexto também é apresentado.
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MAGDA ESTRELA OLIVEIRA
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INFLUÊNCIA DA ESTRATIGRAFIA MECÂNICA NO DESENVOLVIMENTO DE FALHAS DISTENSIONAIS EM BACIAS DO TIPO RIFTE: CONTRIBUIÇÃO DA MODELAGEM FÍSICA.
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Advisor : FERNANDO CESAR ALVES DA SILVA
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COMMITTEE MEMBERS :
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EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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FERNANDO CESAR ALVES DA SILVA
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MÔNICA ALVES PEQUENO
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Data: Mar 16, 2015
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Show Abstract
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A modelagem física é uma ferramenta cada vez mais utilizada para melhorar o entendimento da formação e desenvolvimento das estruturas geológicas. O crescimento na utilização dessa ferramenta é impulsionado principalmente, mas não exclusivamente, pela indústria do petróleo onde a análise estrutural é importante para a definição da geometria das estruturas que possam constituir armadilhas para o hidrocarboneto.
O presente trabalho teve como objetivo o estudo da influência do contraste reológico na nucleação e desenvolvimento de falhas e fraturas em contexto de bacias ortogonais e sub-bacias conjugadas oblíquas à direção de distensão. Os materiais utilizados incluem pó de gesso, microesferas de vidro, argila seca e areia quartzosa. Alguns experimentos foram realizados com o acompanhamento do PIV (Particle Image Velocimetry), instrumento que registra a movimentação das partículas granulares a cada instante deformacional.
Duas séries de experimentos foram realizadas: i) A série MO representa os experimentos que geraram uma bacia ortogonal à direção de distensão. Vários experimentos foram realizados, variando-se os materiais, a espessura dos estratos, além da presença, em alguns experimentos, de sedimentação sintectônica. Verificou-se que há diferenças de comportamento das falhas geradas nas camadas de materiais reologicamente distintos. As camadas de pó de gesso comportaram-se de forma mais competentes do que as camadas de areia quartzosa e microesfera de vidro, levando à formação de um maior número de falhas. De forma geral, as falhas nas camadas de gesso foram nucleadas a partir de fraturas e geraram blocos com a clássica geometria em dominó. A passagem das falhas de um estrato menos competente para um mais competente é marcada pelo aumento acentuado do mergulho. Brechas cataclásticas são desenvolvidas em algumas falhas, mas com histórias de desenvolvimento diferente, dependendo da configuração inicial do modelo. ii) A série MO-S2 representa os experimentos com a formação de bacias conjugadas, obliquas à direção de distensão. Um experimento constituído apenas de estratos de areia quartzosa foi comparado com outro contendo contraste reológico entre os estratos. No experimento sem contraste reológico dois depocentros importantes se desenvolveram junto às falhas das bordas das bacias ao contrário da sequência com estratigrafia mecânica. Embora ambos apresentem sistemas de falhas oblíquas, no modelo estratificado as falhas são mais numerosas, maiores e desenvolvem-se de forma mais rápida (com menor intensidade de distensão).
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SILVIA AMORIM TERRA
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PIROMETAMORFISMO EM CALCÁRIOS DA FORMAÇÃO JANDAÍRA, BACIA POTIGUAR, NE DO BRASIL
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Advisor : ZORANO SERGIO DE SOUZA
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COMMITTEE MEMBERS :
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FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
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RENATO DE MORAES
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ZORANO SERGIO DE SOUZA
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Data: Mar 27, 2015
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Show Abstract
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O presente trabalho objetiva a caracterização de rochas carbonáticas da Formação Jandaíra, termalmente afetadas no contato com intrusões básicas do Paleógeno e Neógeno, na região dos municípios de Pedro Avelino e Jandaíra (RN), nordeste do Brasil. Para o estudo em tela, foram utilizados dados de campo, microscópicos, difração de raios-X, microssonda eletrônica e litogeoquímica de rocha total. Os calcários não afetados termalmente são wackstones, grainstones e packstones. Podem constituir fragmentos de foraminífero bentônico, espinhos de equinoderma, ostracode, algas, bivalve, gastrópode, pelóides e intraclastos. A porosidade encontrada se enquadra nos tipos vugular, intrapartícula, interpartícula, intercristalina e móldica. Como minerais essenciais, tem-se calcita, anquerita e dolomita; como fases detríticas, citam-se montmorilonita, pirita, limonita, quartzo e microclina. Os calcários termalmente afetados apresentam granulação muito grossa a muito fina e coloração cinza clara a escura. Os componentes fossilíferos desaparecem totalmente, e a porosidade tende a desaparecer. Com os dados obtidos, infere-se que os protólitos carbonáticos seriam calcários calcíferos a dolomíticos, ambos com pequena quantidade de minerais do grupo das argilas. Os calcários cristalinos de protólito dolomítico contêm calcita romboédrica e bastante sulfeto e óxido / hidróxido de ferro, tornando as rochas bem mais escuras. Os carbonatos de protólito calcítico mostram grande variação de granulação em função do grau de recristalização, que aumenta na direção do contato com os corpos básicos. Neste grupo, foram identificados os minerais pirometamórficos lizardita e espinélio nas amostras pouco e moderadamente afetadas, e espinélio e espurrita nas fortemente afetadas, além da calcita que ocorre em todos os casos. O contexto geológico (intrusões rasas de diabásios), a presença dos minerais pirometamórficos espurrita e olivina (pseudomorfisada para lizardita, serpentina, brucita), e comparação com diagramas da literatura permitem estimar temperaturas e pressões em torno de 1050-1200°C e 0,5-1,0 kbar, respectivamente, para PTOTAL=PCO2. O resfriamento pós-intrusão teria propiciado a remobilização de porções de matéria orgânica do sedimento original e liberação de fluidos metassomáticos / hidrotermais, ensejando a abertura do sistema metamórfico, com eventual contribuição de elementos químicos das unidades hospedeiras (arenitos, folhelhos) e das próprias intrusões básicas. Isto favoreceria a hidratação de fases prévias, resultando em formação de serpentina, clorita e brucita. Os resultados mostram a forte influência do calor aportado por intrusões básicas no pacote sedimentar. Considerando que na porção offshore da bacia ocorrem soleiras com espessura de até 1000 m, o entendimento do pirometamorfismo poderá ser de grande utilidade na compreensão e dimensionamento desses depósitos.
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ROZILEIDE DE OLIVEIRA LIMA
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FORAMINÍFEROS, OSTRACODES E MICROFAUNA ASSOCIADA DA PLATAFORMA CONTINENTAL EQUATORIAL NORTE-RIOGRANDENSE, NE BRASIL: ÁREA PORTO DO MANGUE A GALINHOS
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Advisor : HELENICE VITAL
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COMMITTEE MEMBERS :
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HELENICE VITAL
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SIMONE NUNES BRANDÃO
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CLAÚDIA GUTTERES VILELA
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Data: Apr 9, 2015
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Show Abstract
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Este estudo foi realizado na plataforma interna equatorial brasileira adjacente ao Rio Grande do Norte, entre a região de Porto do Mangue e Galinhos, tendo como principal objetivo a caracterização dos sedimentos biogênicos, especialmente os foraminíferos e ostracodes coletados na superfície do fundo marinho. A metodologia utilizada envolveu procedimentos padrões de levantamentos bibliográficos, processamento de amostras em laboratório e identificação, em lupa binocular e microscopia eletrônica de varredura (MEV) dos foraminíferos e ostracodes segundo gênero ou espécie. Análises estatísticas multivariadas e estudo dos índices ecológicos foram aplicados no estudo de foraminíferos. Com o objetivo de um melhor entendimento e interpretação dos resultados a área foi dividida em três perfis perpendiculares a linha e costa, desde a plataforma interna até o talude: o perfil 01 (a leste, próximo a Galos), o perfil 02 (centro, próximo à cidade de Macau) e o perfil 03 (a oeste, próximo a Ponta do Mel). As condições ambientais influenciam diretamente no desenvolvimento dos organismos. Na região de estudo observa-se uma homogeneidade relativa para as distribuições horizontais de temperatura, verificando-se para a superfície (mínima de 24º C, e máximas de 29ºC a 35ºC) e para a região localizada nas proximidades do fundo (mínima de 5,2 ºC, e máxima de 28,8 ºC). Os resultados indicaram o predominio dos gêneros de foraminíferos bentônicos com pouca ocorrência planctônica. Os gêneros bentônicos observados em maior abundância foram Quinqueloculina, Textularia , Globigerina e Pyrgo, respectivamente; Quinqueloculina, Textularia, Pyrgo, Ammonia, Elphidium, Pseudononion, Peneroplis, Bolivina e Poroeponides, respectivamente, ocorreram com maior frequência. Com menor frequência foram descritos Amphistegina, Arcaias, Bigenerina, Cibicides, Cassidulina, Amphicorina, Cornuspira, Paterina, Hopkunsina, Oolina, Uvigerina, Fusenkoina, Nonionella, Amphisorus, Wiesrella, Reussella, Reophax, Nodosaria, Marginulina e Cyclogyra. Também foram Entre os Foram identificados seis gêneros de ostracodes: Puriana variabilis/P. convoluta ?, Loxoconcha sp, Bairdiidae, Xestoleberis sp, Hemicytheridae e Ruggiericythere sp. Os grupos de organismos encontrados na plataforma atual apresentaram composição química principal de Ca, C, O, Na, Cl, Al, Mg e Si. A proporção destes elementos químicos pode variar de acordo com o tipo de sedimento biogênico, sendo as maiores quantidades identificadas de Ca, C, Cl, Na e O. A datação absoluta pelo método carbono 14 indicou que as gerações de sedimentos de colorações diferentes (claras e escuras), correspondem a uma única idade, entre 3 e 6 mil anos AP, relacionados ao Quaternário. Estes dados irão complementar informações a respeito dos sedimentos biogênicos existentes atualmente na plataforma continental brasileira, especialmente na região nordeste, onde há carência de estudos nesta linha de pesquisa.
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JERBESON DE MELO SANTANA
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Mapping of resistivity in subsurface using resistivity data and geostatistics
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Advisor : WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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COMMITTEE MEMBERS :
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WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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JOSIBEL GOMES DE OLIVEIRA JUNIOR
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ROBERTO GUSMAO DE OLIVEIRA
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Data: Apr 16, 2015
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Show Abstract
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It is presented a new method for the approximate mapping of the subsurface resistivity based on a geostatistical approach. It are used the characteristic points (CPs) of a resistivity sounding, which are their inflection and extreme (maximum and minimum) points. The methodology consists basically of four stages: i) smoothing the geoelectric soundings to assure robusteness to measurement errors, ii) determining the CPs from the smoothed versions of the geoelectric soundings, and obtaining from the CPs point estimates for the subsurface resistivity using empirical relations between electrode spacing and depth, iii) calculating semivariograms associated to the point estimates, and fitting them to a semivariogram model, and finally iv) estimating the subsurface resistivity distribution by kriging interpolation of the point estimates. No assumptions are made about the true subsurface resistivity and, as result, the method is robust to the model dimension and can be implemented for any dimension. Computationally, the method is very fast because no modeling (either direct or inverse) is demanded and the most intensive computer operation is just a kriging interpolation. Given its robustness to measurement errors and model dimension, it can be implemented as a fast automatic method of interpretation. The estimated resistivity distribution has value both as an object to interpret and as a better initial model for inversion algorithms. In the latter use, about 30%-40% of the iterations can be saved when compared with initializations with the homogeneous semispace, for 2D algorithms incorporating the classic smoothness constraint, for example. The method’s performance is demonstrated with applications with 2D Schlumberger array data both for synthetic and real cases. The proposed method might be generalized for other DC-resistivity arrays and electromagnetic techniques based on apparent resistivity soundings.
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ALAN PEREIRA DA COSTA
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Petrologia e Geocronologia U-Pb do Plúton Granítico Serra da Rajada, Porção Central do Domínio Rio Piranhas – Seridó, Província Borborema, NE do Brasil.
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Advisor : MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO
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COMMITTEE MEMBERS :
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FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
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MARCOS ANTONIO LEITE DO NASCIMENTO
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VLADIMIR CRUZ DE MEDEIROS
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Data: Apr 23, 2015
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Show Abstract
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A atividade plutônica ediacarana, relacionada a orogênese Brasiliana/Pan-Africana, constitui uma das mais importantes feições geológicas na Província Borborema, representada em sua extensão por inúmeros batólitos, stocks e diques. O Plúton Granítico Serra da Rajada (PGSR), principal objeto desse estudo, situado na porção central do Domínio Rio Piranhas–Seridó representa um exemplo dessa atividade, sendo objeto de estudos cartográfico, petrográfico, litogeoquímico e geocronológico. Suas rochas são individualizadas em duas fácies, sendo a fácies granítica descrita como monzogranitos constituídos por K-feldspato, plagioclásio (oligoclásico-An23-24%), quartzo e biotita (máfico principal), tendo como minerais acessórios opacos, titanita, allanita, apatita e zircão. Clorita, mica branca e carbonato são minerais de alteração. A fácies diorítica compreende rochas formadas por quartzo diorito contendo plagioclásio (fase mineral dominante), quartzo e K-feldspato. Biotita e anfibólio são os minerais máficos dominantes, e titanita, minerais opacos, allanita, zircão e apatita são os acessórios. Contudo, os trabalhos de cartografia geológica também identificaram na região a presença de outras unidades litoestratigráficas, descritas como gnaisses e migmatitos indiferenciados com lentes de anfibolitos relacionados ao Complexo Caicó (Paleoproterozoica) e rochas metassedimentares do Grupo Seridó (Neoproterozoico) compostos por paragnaisses com lentes de calciossilicáticas, muscovita quartzitos e biotita xistos (respectivamente formações Jucurutu, Equador e Seridó), os quais são as encaixantes para as rochas do PGSR. Ainda foram identificados diques de leucomicrogranito e de pegmatitos, ambos relacionados ao final do magmatismo Ediacarano, bem como depósitos colúvio-eluviais e aluvionares relacionados ao Neógeno e Quaternário, respectivamente. Dados litogeoquímicos, na fácies granítica do PGSR, evidenciam rochas bastante evoluídas (SiO2 69% a 75%), rica em álcalis (Na2O+K2O ≥ 8,0%), empobrecidas em MgO (≤ 0,45%), CaO (≤ 1,42%) e TiO2 (≤ 0,36%) e teores moderados de Fe2O3t (2,16 a 3,53%). Apresentam natureza transicional entre metaluminosa e peraluminosa (predomínio do último) e possuem afinidade subalcalina/monzonítica (cálcio-alcalina de alto K). Diagramas de Harker mostram correlações negativas em Fe2O3t, MgO e CaO, indicando fracionamento de máficos e plagioclásio. O espectro de ETR mostra enriquecimento dos ETR leves com relação aos ETR pesados (LaN/YbN = 23,70 a 0,23), com anomalia negativa no Eu (Eu/Eu* = 0,70 a 0,23), sugerindo fracionamento ou acumulação na fonte de feldspatos (plagioclásio). A integração dos dados permite correlacionar às rochas do PGSR àquelas referidas na literatura como Suíte Cálcio-Alcalina de Alto K Equigranular. Considerações sobre as condições de cristalização para as rochas do PGSR foram obtidas a partir da integração de dados petrográficos e litogeoquímicos, os quais indicaram atuação de condições moderadas a elevadas de ƒO2 (paragênese mineral titanita + magnetita + quartzo), magma progenitor saturado em H2O (cristalização precoce das biotitas), atuação de processos tardi-magmáticos de fluidos ricos em ƒCO2, H2O e O2 causando alterações em parte da assembleia mineral (carbonatação e saussuritização dos plagioclásio, cloritização das biotitas e esfenitização dos opacos). Condições de termobarométricas foram estimadas com base em parâmetros geoquímicos (Zr e P2O5), bem como por minerais normativos CIPW, com resultados mostrando temperatura mínima de liquidus da ordem de 800°C e temperatura de solidus da ordem de 700°C. As pressões final/mínima de cristalização sugerem ser da ordem de 3 a 5 Kbar. A presença de minerais zonados (plagioclásio e allanita) associadas a dados litogeoquímicos diagramas bi-log para Rb vs Ba e Rb vs Sr sugerem a atuação da cristalização fracionada como processo dominante na evolução magmática do PGSR. Estudos geocronológicos U-Pb e isotópicos Sm-Nd indicam, respectivamente, que o biotita monzogranito possui idade de cristalização de 557±13 Ma, com idade modelo TDM de 2,36 Ga, tendo valor de eNd para a idade de cristalização de -20,10, permitindo inferir fonte crustal paleoproterozoica para o magma.
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MOISÉS SAMUEL JOÃO BOTA CACAMA
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Assinatura estrutural e geofísica da porção norte (fronteira ceará-piauí) do lineamento transbrasiliano: reativação na bacia do parnaíba
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Advisor : EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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COMMITTEE MEMBERS :
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ALEX FRANCISCO ANTUNES
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EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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ROBERTO GUSMAO DE OLIVEIRA
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Data: May 25, 2015
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Show Abstract
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O Lineamento Transbrasiliano é uma importante zona de cisalhamento com direção NE-SW, relacionada à orogênese Brasiliana e que evoluiu em estágios de alta até baixa temperatura. No presente trabalho, investigou-se a assinatura estrutural e geofísica da porção norte do Lineamento Transbrasiliano (fronteira Ceará-Piauí), envolvendo a zona milonítica brasiliana, o Graben de Jaibaras e as reativações que afetam as sequências sedimentares pós-ordovicianas da Bacia do Parnaíba. Na literatura é comum a referência à reativação fanerozoica dessa estrutura, a qual teria originado diversos grabens tardi-brasilianos precedentes à sinéclise paleozoica do Parnaíba, a exemplo do Graben de Jaibaras. As falhas que seccionam as unidades estratigráficas da Bacia do Parnaíba, ao longo de toda a extensão do Lineamento Transbrasiliano, exprimem a sua reativação em eventos mais jovens. O mapa do campo magnético anômalo reduzido ao polo exibe anomalias com direção NE, interpretadas como a assinatura do Lineamento Transbrasiliano (e das estruturas brasilianas da Província Borborema) na sua expressão de alta temperatura. O Graben de Jaibaras é marcado por uma faixa anômala retilínea com alta susceptilidade magnética (interpretada como o predomínio de rochas ferromagnesianas, provavelmente vulcânicas), aparentemente sem continuidade expressiva no substrato da Bacia do Parnaíba. A análise geométrica e cinemática das estruturas da área enfocada, utilizando dados de sensores remotos e de campo, permitiu a caracterização de quatro fases de deformação frágil a dúctil-frágil Dn, D1, D2 e D3. A fase deformacional Dn, de idade ediacarana-cambriana, ocorre de modo exclusivo no Graben de Jaibaras, com desenvolvimento de estruturas de temperatura mais elevada (comparativamente aos eventos mais jovens), dúcteis-frágeis. As fases deformacionais D1, D2 e D3 ocorrem afetando tanto o Graben de Jaibaras como as sequências paleozoicas da borda NE da Bacia do Parnaíba, e com geração de estruturas em temperatura baixa, basicamente rúpteis/cataclásticas. A análise de imagem SRTM permitiu cartografar diversos lineamentos de direção NE, NW e E-W na Bacia do Parnaíba, cuja correlação com as estruturas mesoscópicas é discutida em termos da reativação do Lineamento Transbrasiliano em associação com os estágios de abertura do Atlântico e separação América do Sul-África, ou mesmo a eventos orogênicos distais no Paleozoico.
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RENATA DE ARAÚJO ENNES SILVA
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“Controle estrutural do carste hipogênico na Formação Salitre - Toca da Boa Vista e Toca da Barriguda, Craton São Francisco”
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Advisor : FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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COMMITTEE MEMBERS :
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FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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NARENDRA KUMAR SRIVASTAVA
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ELISSANDRA NASCIMENTO DE MOURA LIMA
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Data: Jul 13, 2015
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Show Abstract
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A porosidade e permeabilidade em zonas fraturadas podem aumentar devido a fluidos ascendentes em sistemas cársticos. Este trabalho apresenta uma análise estrutural de duas cavernas hipogênicas da América do Sul . A área de estudo inclui a Toca da Boa Vista (TBV) e Toca da Barriguda (TBR), que possuem 115 km e 32 km respectivamente. Este sistema cárstico ocorre em carbonatos neoproterozoicos da Formação Salitre, porção norte do cráton São Francisco. Durante o Brasiliano foram formados cinturões de dobramento ao redor do cráton com padrão compressivo desenvolvido entre 740-580 Ma. A metodologia inclui mapas de condutos do Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas, a partir dos quais foram elaborados mapas estruturais das cavernas e comparação com a deformação regional. Os softwares usados para processamento de dados estruturais foram: Openstereo, Stereonet 8, Georient 9.4.5 e Tectonic FP. A Análise da deformação do sistema TBV-TBR e o contexto regional da Formação Salitre permitiu concluir que: i) os condutos se desenvolveram ao longo de eixos de anticlinais N-S e ENE para E-W; ii) o desenvolvimento do carste foi formado pela dissolução de juntas subverticais; iii) o primeiro evento de dobramento F1 corresponde a trend N-S compressional e provavelmente se desenvolveu no Brasiliano, e, o segundo evento F2 está relacionado a compressão E-W, provavelmente mais recente que o Brasiliano. Portanto, é possível confirmar que existe relação direta dos fluidos ascendentes e dissolução hipogênica com a deformação regional.
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SUELEN FERREIRA DE SOUZA
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Cartografia Geofísica do Arcabouço Estrutural da Bacia Potiguar Emersa, com base em Dados Gravimétricos e Magnéticos.
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Advisor : DAVID LOPES DE CASTRO
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID LOPES DE CASTRO
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WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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JOSÉ ANTONIO BARBOSA
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Data: Aug 12, 2015
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Show Abstract
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O estudo de bacias sedimentares envolve uma integração de informações adquiridas a partir da aplicação de diversas metodologias. Os métodos potenciais, gravimétrico e magnético, representam uma metodologia eficaz no estudo do arcabouço tectônico de bacias sedimentares a um custo relativamente barato, se comparado às demais técnicas. O presente trabalho apresenta a integração de diferentes técnicas avançadas de processamento geofísico em dados potenciais (Redução ao Polo, Matched Filter, Gradiente Horizontal e Inclinação do Sinal Analítico), que auxiliaram grandemente na particularização da expressão geofísica das principais componentes estruturais do Rifte Potiguar e seu embasamento cristalino. Os resultados permitiram identificar claramente as bordas falhadas do Rifte Potiguar (Carnaubais, Apodi e Mulungu), assim como seus componentes internos, horsts Macau e Quixaba, e os grabens Apodi, Umbuzeiro e Boa Vista. As expressivas zonas de cisalhamentos do seu embasamento (Senador Pompeu, Jaguaribe, Portalegre, Açu, Florânia-Ângicos e Picuí João-Câmara) também foram evidenciadas pelo mapeamento geofísico como extensos alinhamentos sigmoidais de direção NE-SW. A integração dos dados geofísicos com dados geológicos permitiu a identificação de oito domínios tectôno-geofísicos com o objetivo de se estabelecer o comportamento dos principais blocos crustais da Província Borborema abaixo do pacote sedimentar. As respostas fornecidas pelas técnicas permitiram ainda a associação das estruturas acima citadas com as principais etapas de rifteamento pelos quais passou a bacia durante a sua complexa evolução. O trend NE-SW, que ocorre como o principal padrão direcional nas regiões adjacentes ao Rifte Potiguar e também em seu interior, evidencia uma forte influência de estruturas pré-cambrianas na formação da bacia, assim como a deformação NW-SE nos diques Rio Ceará-Mirim, o truncamento de estruturas NE com a Falha de Apodi, e também o afastamento entre a Zona de Cisalhamento Portalegre e o Sistema de Falhas de Carnaubais, contribuem para hipótese de propagação dos esforços da Margem Equatorial para o interior do continente.
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NADJA CRUZ FERRAZ
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Análise Estratigráfica da Sequência Mesodevoniana-Eocarbonífera da Bacia Do Parnaíba, Nordeste Do Brasil.
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Advisor : VALERIA CENTURION CORDOBA
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COMMITTEE MEMBERS :
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ALEX FRANCISCO ANTUNES
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LILIANE RABELO CRUZ
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VALERIA CENTURION CORDOBA
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Data: Aug 20, 2015
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Show Abstract
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RESUMO
A Sequência Mesodevoniana-Eocarbonífera da Bacia do Parnaíba, litoestratigraficamente definida como Grupo Canindé, foi reinterpretada empregando-se o modelo básico da estratigrafia de sequências. Para tanto, foram analisados perfis litológicos e de raios gama de poços e linhas sísmicas da região central da bacia, elaborando-se a partir daí diagramas 1D, mapas de isócoras e uma seção estratigráfica.
Como resultados deste trabalho, foram definidos dois ciclos deposicionais de segunda ordem, referidos como Sequência Deposicional 1 (SEQ1) e Sequência Deposicional 2 (SEQ2). A SEQ1, com cerca de 37 Ma, é limitada abaixo pela Discordância Eodevoniana e equivale às formações Itaim, Pimenteiras e Cabeças.
A SEQ1 se inicia com o Trato de Sistemas de Nível Baixo, constituído por conjuntos de parassequências progradacionais em que a parte basal, predominantemente pelítica, depositou-se em um contexto de prodelta sob influência de tempestades e a superior é composta por arenitos de frente deltaica, tendo como limite superior a superfície regressiva máxima. O Trato de Sistemas Transgressivo, depositado acima, é caracterizado por conjuntos de parassequências retrogradacionais, compostos predominantemente por pelitos de plataforma rasa, depositados sob ação de tempestades. A superfície transgressiva máxima, limite superior deste trato, é posicionada em um nível de folhelho cuja radiatividade no perfil de raios gama é próxima a 150 API. O Trato de Sistemas de Nível Alto apresenta conjuntos de parassequências progradacionais, compostos por pelitos e arenitos depositados em ambientes plataformal, flúvio-estuarino e periglacial, tendo como limite superior a Discordância Neodevoniana.
A SEQ2, que se segue, compreende um intervalo de cerca de 15 Ma e equivale à Formação Longá. A mesma foi depositada em ambiente plataformal, iniciando com o Trato de Sistemas de Nível Baixo, caracterizado por um conjunto de parassequências progradacional, seguido do Trato de Sistemas Transgressivo, de caráter retrogradacional. O limite superior deste trato corresponde à superfície transgressiva máxima ou ainda, a fusão desta superfície com o limite de sequência, que constitui a Discordância Eocarbonífera, onde a seção sobreposta foi erodida. Tal seção, que corresponde ao Trato de Sistemas de Nível Alto, é restrita às porções em que a erosão que originou a Discordância Eocarbonífera foi menos efetiva, preservando os registros desta unidade.
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RAFAELA DA SILVA ALVES
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O SISTEMA AQUÍFERO BARREIRAS NA REGIÃO DE PARNAMIRIM, RN: USO DAS ÁGUAS E POTENCIALIDADES.
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Advisor : JOSE GERALDO DE MELO
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COMMITTEE MEMBERS :
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JOSE BRAZ DINIZ FILHO
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JOSE GERALDO DE MELO
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MICKAELON BELCHIOR VASCONCELOS
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Data: Aug 21, 2015
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Show Abstract
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A área de estudo está inserida na Bacia Hidrográfica do Rio Pirangi, litoral Oriental do Estado do Rio Grande do Norte, onde está situada a cidade de Parnamirim. Abrange uma superfície de 370 Km². A expansão urbana do município de Parnamirim tem se desenvolvido de forma muito acelerada sem uma estrutura adequada, notadamente pela ausência de rede esgotos, com riscos de contaminação das águas subterrâneas podendo causar sérios danos à saúde pública. As águas subterrâneas do Sistema Aquífero Barreiras na área de interesse constituem a principal fonte de suprimento hídrico das populações urbanas e rurais. O uso da água subterrânea é feito sem planejamento adequado e assim, importantes áreas de recarga estão sendo ocupadas. O presente estudo foi desenvolvido para a quantificação do uso e avaliação das potencialidades das águas subterrâneas, tendo em vista o aumento da oferta de água de boa qualidade e com menores riscos de serem afetadas por atividades contaminantes. Com estes objetivos, foram desenvolvidas as seguintes atividades: cadastro de 268 pontos d’água; caracterização da litologia, espessuras e estrutura hidrogeológica do aquífero Barreiras, com base na correlação de perfis de poços; e, avaliação de parâmetros hidrodinâmicos do aquífero, a partir da interpretação de resultados de testes de bombeamento de poços. Verificou-se que a espessura saturada cresce de oeste para leste em direção ao mar, com valores que variam de 15,47 a 56,5 m, com média de 32,45 m. Os parâmetros hidrodinâmicos, obtidos com aplicação do método de Cooper-Jacob foram: transmissividade média de 5,9x10-3 m²/s e a condutividade hidráulica média de 2,82x10-4 m/s. A porosidade específica é de 15%, obtida com aplicação da equação Biecinski. O mapa potenciométrico mostra a direção principal do fluxo subterrâneo, de oeste para leste, e permite identificar as zonas de recarga correspondentes a região dos tabuleiros do “Barreiras”. Os vales dos rios referem-se às zonas de descarga do sistema aquífero. A Recarga foi estimada em 253 mm/ano, que corresponde à taxa de infiltração de 16,4%.
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EVERTON NOBREGA BARBOSA
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Evolução estratigráfica da Sequência Neocarbonífera-Eotriássica da Bacia do Parnaíba, Nordeste do Brasil.
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Advisor : VALERIA CENTURION CORDOBA
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COMMITTEE MEMBERS :
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CARLOS CESAR NASCIMENTO DA SILVA
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LILIANE RABELO CRUZ
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VALERIA CENTURION CORDOBA
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Data: Aug 24, 2015
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Show Abstract
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Resumo
A Sequência Neocarbonífera-Eotriássica corresponde ao terceiro grande ciclo sedimentar da Bacia do Parnaíba e concerne litoestratigraficamente ao Grupo Balsas. Esta sequência é descrita como um pacote de rochas cujos sedimentos foram depositados em um ambiente complexo, clástico/evaporítico de mar raso, gradando para um ambiente lacustre/desértico. O principal objetivo deste trabalho foi realizar uma análise estratigráfica da Sequência Neocarbonífera-Eotriássica, visando uma melhor compreensão da sua evolução. Para tal, foram empregados os conceitos modernos e genéticos da estratigrafia, utilizando-se como base de dados informações de poços e seções sísmicas. Para o intervalo estratigráfico em questão foram identificadas três sequências deposicionais. A Sequência 1 corresponde a rochas que foram depositadas inicialmente a partir de um sistema fluvial, que passa para um sistema marinho raso implantado durante uma fase transgressiva, e que posteriormente evolui para um sistema deltaico. A Sequência 2 corresponde a rochas que foram depositadas a partir de um ambiente lacustre/desértico, representando uma fase regressiva importante que culmina com a implantação de um ambiente desértico, o qual corresponde à Sequência 3. Na análise sismoestratigráfica foi possível reconhecer as superfícies cronoestratigráficas e as unidades genéticas identificadas em poços e analisar a sua expressão lateral. De modo geral, as sismofácies reconhecidas nas seções sísmicas apresentam-se com configurações paralelas a subparalelas, com grande continuidade lateral, sugerindo uma constância na taxa de sedimentação durante a deposição desta sequência.
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KEYLA THAYRINNE OLIVEIRA COIMBRA
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PETROLOGIA DO PLUTÃO BOM JARDIM DE GOIÁS (PBJG): IMPLICAÇÃO NA EVOLUÇÃO NEOPROTEROZOICA DA PROVÍNCIA TOCANTINS
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Advisor : ZORANO SERGIO DE SOUZA
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COMMITTEE MEMBERS :
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FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
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HERBET CONCEIÇÃO
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ZORANO SERGIO DE SOUZA
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Data: Aug 25, 2015
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Show Abstract
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O plutão Bom Jardim de Goiás (PBJG) é um corpo de geometria semi-circular, situado na porção central da Província Tocantins, intrusivo em ortognaisses e metassupracrustais do Arco Magmático Arenópolis. Estas metasupracrustais apresentam um bandamento / xistosidade de ângulo baixo a moderado, definido por micas, andalusita, silimanita e cordierita, caracterizando um metamorfismo na fácies anfibolito. Tal estrutura é truncada pela colocação das rochas do PBJG. O caráter abrupto dos contatos e a ausência de estruturas dúcteis demonstram que a intrusão se deu em crosta relativamente fria. Em termos petrográficos, o plutão compõe-se de monzodioritos, tonalitos e granodioritos, seguindo a trajetória evolutiva cálcio-alcalina de potássio baixo a intermediário. As rochas do PBJG possuem hornblenda e biotita como fases máficas principais, além da ocorrência subordinada de clinopiroxênio, titanita, epídoto e opacos. Diques tardios de leucogranito contêm apenas biotita como mineral acessório relevante. Uma datação U-Pb em zircão do monzodiorito forneceu uma idade de 550±12 Ma (MSWD = 1,06). Dados litogeoquímicos e de química mineral sugerem que as rochas em foco são cálcio-alcalinas, tendo evoluído por cristalização fracionada de minerais cálcicos e ferro-magnesianos, sob condições de alta fugacidade de oxigênio. Utilizando o geotermômetro do par anfibólio-plagioclásio e o geobarômetro de Al em anfibólio, foram determinadas temperaturas e pressões em torno de 692-791 °C e 2,4 e 5,0 kbar para a intrusão do PBJG, o que é corroborado por associações metamórficas pré-existentes nas encaixantes. As características geológicas, geoquímicas e a geocronologia do PBJG demonstram sua natureza pós-tectônica ou pós-colisional, com colocação em crosta já soerguida e relativamente fria, ao final da orogênese brasiliana nesta porção da Província Tocantins.
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HASAN LOPES SHIHADEH
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UTILIZAÇÃO DE SISMOS REGIONAIS PARA A DETERMINAÇÃO DE UM MODELO 1D DE VELOCIDADES DA ONDA P NA PROVÍNCIA BORBOREMA - NE DO BRASIL.
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Advisor : ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
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DAVID LOPES DE CASTRO
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FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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HELENO CARLOS DE LIMA NETO
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Data: Sep 8, 2015
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Show Abstract
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Neste trabalho foi realizado um estudo para a obtenção de parâmetros para um modelo regional de velocidades 1D válido para a Província Borborema, NE do Brasil. Para tanto, foram utilizados eventos que ocorreram na mesma entre 2001 e 2013 com magnitude acima de 2.9 e que tiveram epicentros bem determinados por redes locais de estações ou back azimuth, quando os dados são de boa qualidade. Foram escolhidos 7 eventos ocorridos nas principais áreas sísmicas da Província Borborema. Os eventos selecionados foram, ao todo, registrados em 74 estações das redes: RSISNE, INCT-ET, Milênio, João Câmara – RN, São Rafael – RN, Caruaru - PE, São Caetano - PE, Castanhão - CE, Santana do Acarau - CE, Taipu – RN e Sobral – CE e a estação RCBR da rede IRIS/USGS - GSN. Para a determinação dos parâmetros do modelo realizou-se a inversão do tempo de percurso através de um ajuste de retas aos tempos observados. A validação deste modelo se deu de modo independente através da comparação com outros modelos conhecidos (globais e regionais para o Brasil).
O modelo final, nomeado MBB, apresenta um modelo crustal lateralmente homogêneo composto por duas camadas com crosta superior de 11,45 km de espessura e uma crosta com espessura total de 33,90 km, sendo a base da segunda camada limitada pela descontinuidade de Moho. A velocidade da onda P na crosta superior foi estimada em 6,00 Km/s e na crosta inferior 6,64 Km/s. A velocidade da onda P no manto superior foi estimada em 8,21 Km/s com uma razão VP/VS de aproximadamente 1,740 ± 0,002.
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CAMILLA BEZERRA DE ALMEIDA
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INTERPRETAÇÃO SÍSMICA NA PORÇÃO SUBMERSA DA BACIA DE PERNAMBUCO E SUA CONTRIBUIÇÃO PARA O ENTENDIMENTO DO RIFTEAMENTO NO ATLÂNTICO SUL.
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Advisor : EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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COMMITTEE MEMBERS :
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EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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VALERIA CENTURION CORDOBA
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LILIANE RABELO CRUZ
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Data: Sep 24, 2015
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Show Abstract
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Esta dissertação de mestrado tem como objetivo caracterizar os estágios tectônicos reconhecidos na história evolutiva da abertura do Atlântico Sul na Bacia de Pernambuco, e melhorar o seu entendimento, principalmente no que diz respeito à compreensão da evolução tectono-estratigrafica de sua fase rifte.
Para realização das atividades fez-se uso basicamente de interpretação de dados sísmicos (2D e 3D) pioneiros da porção marítima da bacia, com caracterização e mapeamento de refletores, análise de sismofacies e confecção de seções geológicas, sempre em analogia à história evolutiva melhor conhecida em outros setores da Margem Leste Brasileira, especialmente a Bacia de Sergipe-Alagoas.
A área a leste do Alto de Maracatu, um baixo estrutural reconhecido por mapas gravimétricos prévios, denominado de Graben Externo, é a região com maior concentração de dados disponíveis e foi, por consequência, a região que ofereceu a maior contribuição para o desenvolvimento deste trabalho.
Na história evolutiva da Bacia de Pernambuco, foi caracterizada a ocorrência de duas fases de rifteamento distintas (Rifte I e Rifte II), separadas por uma fase de quiescência tectônica que condicionou um ambiente restrito de sabkha proporcionando a precipitação de sal (sequência evaporítica), através da subida do nível do mar e entrada de água salobra em baixos locais deixados pela fase inicial de rifteamento.
A confirmação da presença de uma sequência evaporítica na Bacia de Pernambuco é sem dúvida uma das principais contribuições desta dissertação e, juntamente com as idades radiométricas das suítes magmáticas associadas à Sequência Rifte em terra, foram de grande importância para fixar o posicionamento estratigráfico das sismosequências mapeadas. O mapeamento sísmico demonstra a migração do eixo do rifteamento em direção à porção mais externa da bacia, já no Albiano.
Dois eventos magmáticos foram reconhecidos, com idades distintas eveidenciadas pela interpretação sísmica. O evento mais antigo estaria relacionado ao magmatismo encontrado no continente (Suite Ipojuca), de idade albiana, e marcaria o final da segunda fase de rifteamento (e a idade máxima da discordância Rifte/Drifte). O evento mais jovem, comumente observado sob a forma de cones vulcânicos, foi interpretado como de idade Paleo-Eocênica, em analogia às estruturas similares, encontradas em outras bacias mais a sul.
A corroboração de um rifteamento mais jovem nesta porção da Margem Leste brasileira, bem como a confirmação da existência de sal nesta bacia, constituem as principais contribuições desta dissertação. São temas relativamente novos, ainda muito questionados e que trazem implicações para a evolução do rifte e da cronologia de abertura do Atlântico Sul.
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ALEXANDRE RICHARDSON OLIVEIRA MONTEIRO
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Análise do grau de proteção do aquífero barreiras em perímetros sob fertilização química a partir de dados hidrogeofísicos – área da bacia do rio catu-rn.
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Advisor : LEANDSON ROBERTO FERNANDES DE LUCENA
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COMMITTEE MEMBERS :
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DAVID LOPES DE CASTRO
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LEANDSON ROBERTO FERNANDES DE LUCENA
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VALTER ANTONIO BECEGATO
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Data: Sep 25, 2015
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Show Abstract
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A utilização de fertilização química em perímetros agricultáveis proporciona um incremento da produtividade, embora eventualmente possa ocasionar uma depreciação qualitativa do manancial hídrico subterrâneo, sobretudo se este for de natureza não confinada. Nesse contexto, o presente trabalho apresenta resultados referentes a uma análise do grau de proteção natural do Aquífero Barreiras em uma área situada no litoral leste do Estado do Rio Grande do Norte-Brasil. O referido aquífero é de natureza clástica e possui caráter hidráulico não confinado, fato este que naturalmente lhe confere uma susceptibilidade à contaminação, proveniente de eventuais cargas contaminantes impostas na superfície do terreno. Estes contaminantes estariam associados com a lixiviação de excedentes da fertilização não assimilados pela vegetação. A metodologia utilizada foi fundamentada na utilização conjunta de dados hidrogeofísicos, particularmente de modelos inversos de sondagens elétricas verticais-SEVs e informações de perfis de poços, possibilitando a obtenção de cartografias de condutância longitudinal (S), dada em mili-Siemens (mS), e vulnerabilidade do aquífero. Essas cartografias foram elaboradas com ênfase para a zona não saturada sobrejacente, ressaltando sobretudo sua espessura e ocorrência de litologias argilosas. Dessa forma, o mapa de condutância longitudinal e vulnerabilidade revelaram áreas mais susceptíveis à contaminação nos setores nordeste e centro-leste da área de estudo, com valores iguais ou inferiores a 10mS e maiores ou iguais a 0.50, respectivamente. Por outro lado, o setor sudoeste mostrou-se menos susceptível à contaminações, com valores de condutância longitudinal e índices de vulnerabilidade maiores ou iguais a 35mS e menores ou iguais a 0.40, respectivamente.
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THUANY PATRÍCIA COSTA DE LIMA
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Expressão Geofísica-Estrutural do Lineamento Transbrasiliano na Porção Central da Bacia do Parnaíba (Maranhão-Piauí).
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Advisor : EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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COMMITTEE MEMBERS :
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CARLOS CESAR NASCIMENTO DA SILVA
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EMANUEL FERRAZ JARDIM DE SA
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PEDRO XAVIER NETO
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Data: Sep 25, 2015
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Show Abstract
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O objetivo deste estudo foi caracterizar a expressão estrutural-geofísica do Lineamento Transbrasiliano na porção centro-leste da Bacia do Parnaíba. O Lineamento Transbrasiliano (LTB) corresponde a uma megazona de cisalhamento de idade neoproterozoica (Ciclo Brasiliano), com direção NE-SW e cinemática transcorrente dextral, ocorrendo subjacente (e exposta lateralmente nas bordas NE e SW) à seção sedimentar da Bacia do Parnaíba. No presente trabalho, a interpretação dos mapas de anomalias gravimétrica e magnética é analisada face a essa cinemática do LTB, sendo que a assinatura das anomalias geofísicas corresponde às etapas de evolução brasiliana a tardi-brasiliana, de temperatura alta e declinante. Verifica-se que o padrão das anomalias gravimétricas residuais é compatível com um par S-C dextral, moldando os corpos geológicos do embasamento heterogêneo. As bandas C, com direção NE, devem ser constituídas por fatias de gnaisses e granulitos (anomalias positivas), rochas graníticas ou metassedimentares de baixo grau e grabens pré-silurianos em estilo pull-apart (anomalias negativas). Já as anomalias de traços curvilíneos no mapa gravimétrico identificam trends contracionais (de superfícies S), incompatíveis com a sua interpretação como um graben pré-siluriano, restando as demais alternativas citadas. No tocante à interpretação dos trends no mapa de anomalias magnéticas (reduzidas ao polo), a maior parte destes é tentativamente associada a falhas ou zonas de cisalhamento de baixa temperatura (planos C), delimitando blocos distintos em termos de propriedades magnéticas, e/ou preenchidas por corpos básicos. É também possível que algumas anomalias magnéticas isoladas/pontuais correspondam a corpos ígneos de idade tardi-brasiliana ou mesozoicos. A configuração desses lineamentos no embasamento pode ser interpretada em analogia ao modelo de fraturas de Riedel, assumindo planos de mergulho acentuado e com seção de movimento sub-horizontal. Nesta dissertação, são também exploradas interpretações relativas a modelagens gravimétricas 2D combinadas com a interpretação de uma linha sísmica dip ao Lineamento Transbrasiliano. A seção de rochas equivalente ao Grupo Jaibaras mostrou anomalias gravimétricas discretas da bacia, conferindo assim uma maior influência às estruturas do embasamento nas respostas gravimétricas. A delimitação dos grabens sotopostos à seção paleozoica da bacia sofre restrições causadas pelas heterogeneidades e anisotropia do embasamento.
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CRISTIANE LEAO CORDEIRO DE FARIAS
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GEOLOGIA AMBIENTAL DO ESTUÁRIO DO RIO POTENGI E PLATAFORMA CONTINENTAL ADJACENTE, RN, BRASIL.
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Advisor : PATRÍCIA PINHEIRO BECK EICHLER
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COMMITTEE MEMBERS :
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PATRÍCIA PINHEIRO BECK EICHLER
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MOAB PRAXEDES GOMES
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SILVIA HELENA DE MELLO E SOUSA
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Data: Nov 16, 2015
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Show Abstract
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Os estuários tem grande importância como abrigo e berçário natural de animais marinhos, provêm peixes para o homem,sustenta a cadeia alimentar, controla as ações erosivas e alagamentos, atua nosistema de filtragem natural da poluição e purificação do ar. O Rio Potengi temsido afetado por diversos fatores antrópicos ao longo dos anos, com váriosdesastres ambientais que mataram peixes, aves e outros animais. Para analisar asituação recente do estuário do Rio Potengi, foram coletadas 42 amostras, 18 emOutubro/2011 ao longo do Rio Potengi e sua foz, e 24 em Janeiro/2012, incluímosa plataforma interna. Análises univariadas (índices ecológicos) e multivariadas(PCA, MDS, CLUSTER e BIOENV) foramaplicadas à matriz dos dados biológicos de foraminíferos e abióticos (CaCO3,salinidade, profundidade, temperatura e granulometria).
Os resultados mostram a dominância deforaminíferos oportunistas A. tepida,B. striatula, Q. patagonica e Q. milettiespecialmente nas regiões próximas às fazendas de carcinicultura e ao esgoto doCanal do Baldo em ambientes de granulometria fina, e Q. lamarckiana indicadora da penetração da cunha salina e ambientesde alta hidrodinâmica associada a sedimentos de areia grossa a muito fina. A presença de espécies característicasmarinhas H. boueana, E. discoidale, P. atlanticum, T. earlandie T. gramen na Foz do Rio Potengi ena plataforma interna indicam ambientes de altas salinidades. A ocorrência dealgumas espécies tolerantes à baixa salinidade como T. inflata e T. squamatano Canal do Rio Potengi sugerem que provavelmente devem ter sido transportadosdo manguezal próximo à foz do Rio Potengi para as regiões de plataformainterna, sugerindo que o contribuinte fluvial é capaz de exportar organismos deágua doce preferivelmente em direção sul do que em direção norte.
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Thesis |
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ROSANA MARIA DO NASCIMENTO
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Estrutura crustal e mantélica da Província Borborema através de funções do receptor e dispersão de ondas superficiais.
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Advisor : JORDI JULIA CASAS
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COMMITTEE MEMBERS :
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JORDI JULIA CASAS
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FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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WALTER EUGENIO DE MEDEIROS
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MARCELO SOUSA DE ASSUMPÇÃO
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SÉRGIO LUIZ FONTES
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Data: Jan 29, 2015
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Show Abstract
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A Província Borborema, localizada no nordeste do Brasil, possui um embasamento de idade Pré- cambriana e um arcabouço tectônico estruturado no final do Neoproterozóico. Após a separação dos continentes Sul-Americano e Africano, durante o Mesozóico formou-se um sistema de riftes no nordeste brasileiro, o qual deu origem às bacias marginais e interiores localizadas na Província. Depois da separação continental, eventos de vulcanismos e epirogenia ocorreram na Província, tais como o soerguimento do Planalto da Borborema e o magmatismo ao longo da linha MacauQueimadas (MQA), marcando assim a evolução da Província. As causas do soerguimento do Planalto poderiam estar associadas a um underplating magmático (material máfico preso na base da crosta), talvez relacionado com a geração de plugs continentais jovens (93-7 Ma) ao longo do MQA devido a um mecanismo de convecção em pequena escala na borda do continente. O objetivo deste trabalho é investigar as causas do soerguimento intra-placa e sua possível relação com o vulcanismo MQA utilizando sismologia de banda larga, tendo em conta a correlação de nossos resultados com estudos geofísicos e geológicos realizados na província Borborema. As metodologias de banda larga para investigar a estrutura profunda na província incluem as funções do receptor e velocidade de dispersão das ondas de superfície. Tanto as funções de receptor quanto a tomografia de dispersão de ondas superficiais são métodos que utilizam eventos telessísmicos e permitem obter estimativas de parâmetros estruturais como espessura crustal, razão Vp/Vs e velocidade de onda S. Os sismogramas utilizados neste trabalho para as funções do receptor foram obtidas de 52 estações localizadas no Nordeste do Brasil: 16 estações de banda larga da rede RSISNE (Rede Sismográfica do Nordeste do Brasil), 21 estações de período curto da rede INCT-ET (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia – Estudos Tectônicos) e 6 estações de banda larga. Estes resultados acrescentam significativamente dados anteriores coletados em estações isoladas como a estação RCBR, da rede global GSN, as estações banda larga CAUB e AGBL do projeto BLSP (Brazilian Lithosphere Seismic Project IAG/USP) e de 6 estações banda larga do projeto Milênio (Estudos geofísicos e tectônicos na Província Borborema - CNPq). Para dispersão de ondas de superfície foram usados sismogramas de 22 estações: 16 estações de banda larga da rede RSISNE, bem como das 6 estações banda larga do projeto Milênio. Neste trabalho foram desenvolvidas: (i) estimativas de espessura crustal e razão Vp/Vs para cada estação usando as funções do receptor, (ii) novas medidas de velocidade de grupo de ondas de superfície, que foram integradas com os percursos usados em uma tomografia da América do Sul, já desenvolvida, para acrescentar a resolução no Nordeste Brasileiro e (iii) modelos de velocidades de onda S (1D) para vários locais na Província Borborema usando a inversão simultânea de funções doreceptor com velocidades de dispersão. Os resultados descrevem velocidades de onda S para a base da crosta que são consistentes com a presença de uma camada máfica de 5-7 .5 km de espessura. Foi observada a camada máfica em apenas uma porção da região do planalto (parte sul) e ausência da mesma na parte norte. Outra observação importante e que corrobora com estudos de funções do receptor e refração sísmica são as diferentes espessuras crustais, também dividindo o planalto em uma parte de crosta fina (parte norte) e outra parte de crosta espessa (parte sul). Os modelos existentes para evidenciar a epirogenia não conseguem explicar todas essas observações. Sendo assim, propõe-se que durante a orogenia Brasiliana, uma camada de material máfico pré-existente foi delaminada, total ou parcialmente, da crosta. A delaminação parcial teria acontecido na parte sul do planalto, onde estudos independentes acharam evidência de uma reologia mais resistente à deformação. Após isso, durante o Mesozóico e consequente processo de rifteamento houve afinamento da crosta da região costeira e depressão sertaneja, incluindo a parte norte do planalto. Já no Cenozóico, o soerguimento da parte norte do planalto teria ocorrido e o resultado seria uma parte norte sem material máfico na base da crosta e parte sul com camada máfica parcialmente delaminada,mas ambos com topografia elevada até os dias atuais.
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PAULO HENRIQUE SOUSA DE OLIVEIRA
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SISMICIDADE E ESFORÇOS TECTÔNICOS NA ZONA SÍSMICA ACARAÚ, NORDESTE DO BRASIL.
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Advisor : JOAQUIM MENDES FERREIRA
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COMMITTEE MEMBERS :
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JOAQUIM MENDES FERREIRA
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DAVID LOPES DE CASTRO
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JORDI JULIA CASAS
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LUCAS VIEIRA BARROS
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MARCELO PERES ROCHA
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Data: Jan 30, 2015
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Show Abstract
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A região noroeste do estado do Ceará é uma das principais regiões com sismicidade ativa dentro da Província Borborema. Há relatos de um abalo sísmico ocorrido em 1810, na cidade de Granja. A partir de janeiro de 2008, a atividade sísmica na região aumentou consideravelmente e foi instalada uma rede sismográfica com 11 estações digitais na serra da Meruoca. Em 2009, outra sequência de abalos sísmicos iniciou-se e outra rede foi instalada na cidade de Santana do Acaraú, com até 6 estações digitais. Os resultados mostrados nessa tese foram obtidos através da análise dos dados registrados nessas duas redes, principalmente.
As áreas epicentrais estão localizadas nas proximidades da parte nordeste do Lineamento Transbrasiliano, uma zona de cisalhamento com trend NE-SW que corta a região de estudo. Identificamos zonas sísmicas com hipocentros localizados entre 1km e 8km. Os mecanismos focais encontrados foram do tipo transcorrente, predominante na Província Borborema.
Foi realizada uma integração entre dados sismológicos, geológicos e geofísicos (aeromagnéticos) e mostramos que as falhas sismogênicas encontradas estão orientadas na mesma direção das estruturas frágeis locais observadas em campo e de lineamentos magnéticos.
A direção do SHmax (esforço máximo) na região foi estimada usando uma inversão de sete mecanismos focais espalhados pela região e usamos as direções dos falhamentos sismogênicos. O esforço horizontal possui máxima compressão (σ1=300°) com orientação NW – SE e extensão (σ3=210°) com direção NE – SW e σ2 vertical. Esses resultados estão de acordo com resultados de estudos anteriores, mas foi usado um número maior de mecanismos focais.
A atividade sísmica registrada na área de estudo não está relacionada com uma possível reativação do Lineamento Transbrasiliano, até o momento.
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ANA BARBARA SAMPAIO COSTA
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Análise estratigráfica e diagenética dos depósitos siliciclásticos-carbonáticos que registram a passagem do Cenomaniano-Turoniano na Bacia Potiguar, NE do Brasil.
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Advisor : VALERIA CENTURION CORDOBA
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COMMITTEE MEMBERS :
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DEBORA DO CARMO SOUSA
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MARCELA MARQUES VIEIRA
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MÁRIO LUIS ASSINE
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VALERIA CENTURION CORDOBA
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WILSON LUIZ LANZARINI
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Data: Apr 30, 2015
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Show Abstract
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A passagem do Cenomaniano para o Turoniano é reconhecida globalmente como a maior transgressão marinha ocorrida nos últimos 250 Ma. Na Bacia Potiguar, o intervalo estratigráfico que regista a ocorrência desta transgressão é representado pela transição entre os depósitos siliciclásticos e híbridos das Unidades Açu-3 e Açu-4 para as rochas carbonáticas da Formação Jandaíra. A reconstrução paleoambiental foi realizada a partir de uma análise faciológica que permitiu identificar trinta e oito fácies, sendo vinte e sete siliciclásticas, duas híbridas e treze carbonáticas. A relação vertical das fácies permitiu compreender que o intervalo estratigráfico estudado representa a passagem gradual de um sistema fluvial entrelaçado (Unidade Açu-3) para um complexo estuarino dominado por marés (Unidade Açu-4), depositados no Neocenomaniano e, a partir daí, a transgressão continuou avançando para o Eoturoniano, onde foi implantada uma ampla rampa carbonática em ambiente marinho raso. A icnofauna presente nos depósitos registra as variações de salinidade ao longo desta transgressão. Quinze icnofábricas foram reconhecidas, das quais duas ocorrem preferencialmente nos depósitos que caracterizam um sistema fluvial entrelaçado e sistema fluvial meandrante dominado por marés (Camborygma e Taenidium barretti), uma está presente apenas nos depósitos de praia (Macaronichnus) e as demais ocorrem associadas aos depósitos estuarinos medianos a distais, de inframaré/laguna e de barras de marés carbonáticas (Chondrites, Conichnus, Diplocraterion, Macanopsis, Palaeophycus, Planolites-Palaeophycus-Helminthopsis, Ophiomorpha, Teichichnus, Thalassinoides, Thalassinoides-Ophiomorpha,Thalassinoides- Planolites-Palaeophycus e Thalassinoides-Rhizocorallium-Teichichnus). A análise petrográfica permitiu dividir as rochas estudadas em arenitos, arenitos híbridos e rochas carbonáticas. Os arenitos são formados por grãos extrabaciais e foram classificados como arcóseos, já os arenitos híbridos apresentam elevadas percentagens em grãos carbonáticos intrabaciais e não-carbonáticos intrabaciais, quando comparados com os grãos extraclastos. Por fim, as rochas carbonáticas são constituídas por mudstones até rudstones, onde há um enorme predomínio de grãos intrabaciais (carbonáticas e não-carbonáticos) relativamente aos extraclastos. A análise diagenética permitiu identificar que no ínicio desta transgressão o ambiente era continental sob condições áridas evoluindo, no seu término, para uma eodiagênese marinha. Por fim, na análise estratigráfica foram reconhecidas quatro sequências deposicionais. A Sequência Deposicional 1 é a mais basal do intervalo estudado e é composta predominantemente por rochas siliciclásticas. A Sequência Deposicional 2 marca uma mudança no padrão de sedimentação, passando de exclusivamente siliciclástica, para mista siliciclástica-carbonática e desta, para carbonática. Por fim, as Sequências Deposicionais 3 e 4 são formadas por rochas carbonáticas e marca o estabelecimento das condições marinhas francas ao final da transgressão cenomaniana-turoniana.
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VIRGINIE D'HOUR
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Monitoramento de mudança no meio geológico usando ruído sísmico ambiental e interferometria de cada de onda: exemplos do NE Brasileiro e da Dorsal Meso-Atlântica.
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Advisor : ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
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COMMITTEE MEMBERS :
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ADERSON FARIAS DO NASCIMENTO
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FRANCISCO HILARIO REGO BEZERRA
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JORDI JULIA CASAS
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LUCAS VIEIRA BARROS
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MARCELO SOUSA DE ASSUMPÇÃO
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Data: Sep 1, 2015
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Show Abstract
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Nesta tese são apresentados e discutidos os resultados de correlação do ruído sísmico em dois contextos: região intraplaca e Dorsal Meso-oceânica. O método de interferometria de cauda de onda (coda wave interferometry—CWI) também foi utilizado para os dados da região intraplaca. A correlação do ruído permite recuperar a função de Green empírica entre dois receptores , como se uma das estações atuasse como uma fonte (virtual). Esta técnica éamplamente utilizado em sismologia para a imagem do subsolo e para monitorar mudanças estruturais associadas principalmente com erupções vulcânicas e terremotos grandes (mb > 6.0). No estudo da região intraplaca, fomos capazes de detectar mudanças estruturais localizadas relacionadas com esta pequena sequência de terremotos, cujo evento principal é de mR 3.7, no Nordeste do Brasil. Nós também mostramos que a normalização de 1-bit de e o branqueamento spectral provoca perdas de detalhes na forma de onda e que a auto- correlação de fase, que é pouco sensível à amplitude , parece ser mais sensível e robusta para a nossa análise. A análise de 6 meses de dados usando correlações cruzadas detecta claramente alterações do meio logo após do evento principal, enquanto que as auto- correlações essencialmente detectam alterações após 1 mês. Estas mudanças na correlação cruzada e na auto-correlação podem serexplicadas pela redistribuição da pressão do fluido ocasionadas mudanças hidromecânicas e novos caminhos preferenciais para difusão de pressão e fuidos , devido a terramotos que ocorrem mais tarde. No estudo da Dorsal Meso-oceânica, investigamos as mudanças estruturais associadas a um terremoto de mb 4,9 aolongo da falha transformante de São Paulo. Os dados foram registrados por a única estação sísmica localizada a menos de 200 km da Dorsal Meso-oceânica. Os resultados da auto-correlação de fase por um período de 5 meses, mostram uma forte mudança de meio co-sísmica seguido por uma recuperação pós-sísmica relativamente rápida. Esta mudança do meio provavelmente está relacionada aos danos causados pelo terremoto de mb 4.9. O processo de cicatrização (enchimento das novas fissuras) que durou 60 dias pode ser decomposto em duas fases, uma recuperação rápida na fase pós-sísmica (de 70% em ~ 30 dias) precoce e uma recuperação relativamente lenta depois (de 30% em ~ 30 dias) No estudo de interferometria de cauda de onda, monitoramos mudanças temporais da subsuperfície causada pela sequência de pequenos terremotos intraplaca mencionado anteriormente. O método foi validado com dados sintéticos. Fomos capazes de detectar uma mudança da fonte de 2.5% e uma redução de 15% da quantidade dos espalhadores. A partir dos dados reais, observamos uma rápida diminuição da correlação da cauda da onda após do evento sísmico mR 3.7. Isso indica uma mudança rápida do subsolo na região da falha induzida pelo terremoto.
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