Banca de DEFESA: ROBSON RAFAEL DE OLIVEIRA

Uma banca de DEFESA de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : ROBSON RAFAEL DE OLIVEIRA
DATA : 31/01/2020
HORA: 14:00
LOCAL: Auditório do CCET
TÍTULO:

O Batólito Catolé do Rocha (RN-PB): Um magmatismo granítico de tipo-A no Domínio Rio Piranhas-Seridó, Província Borborema, NE do Brasil


PALAVRAS-CHAVES:

Batólito Catolé do Rocha, granitos tipo-A, Geoquímica, Província Borborema

 


PÁGINAS: 110
RESUMO:

O Batólito Catolé do Rocha (BCR) está inserido no contexto geológico da porção centro-norte da Província Borborema, oeste do Domínio Rio Piranhas Seridó e é um importante representante do evento tectono-magmático que acometeu essa unidade geotectônica durante o Ciclo Brasiliano (ca. 580 Ma). O BCR é composto por sienogranitos a sienitos de caráter metaluminoso a ligeiramente peraluminoso (fácies graníticas), rochas básico-intermediárias e, de forma subordinada, diques e/ou bolsões de microgranitos. Todo o conjunto é intrusivo em rochas paleoproterozoicas do Complexo Caicó e Suíte Poço da Cruz. Tipologica e quimicamente, o BCR tem sido classificado na literatura como um granito de tipo-I da denominada suíte granítica cálcio-alcalina de alto K na porção nordeste da Província Borborema. Contudo, são diversas as evidências litoquímicas que aproximam o BCR dos denominados granitos de tipo-A. Este trabalho apresenta uma revisão da geologia, petrografia, mineralogia e química (rocha-total e química mineral) do BCR com vistas a melhor definir sua classificação química e tipológica (granitos tipo I vs A). O BCR apresenta assinatura álcali-cálcica a alcalina, dada por conteúdos relativamente altos de álcalis em relação ao CaO. As rochas desse plutão apresentam ainda caráter ferroano, com alta razão Fe/Mg, além de concentrações significativas de elementos litófilos de raio grande (LILE) e de alto potencial iônico (HFSE) e enriquecimento de terras-raras leves sobre pesados. Apresenta minerais máficos enriquecidos em ferro, tipicamente biotita annítica e anfibólios cálcicos do tipo ferro-edenita e hastingsita. Tais características aproximam o BCR dos granitos de tipo-A2 de natureza pós-colisional. Estimativas geotermobarométricas indicam um temperaturas de cristalização entre 773 e 918oC e pressões de colocação entre 4,6-6,3 kbar. Estimativas da fugacidade de oxigênio, obtidas a partir da composição química de anfibólios, biotita e zircão, indicam que o BCR se formou sob condições predominantemente reduzidas (logƒO2 entre -18 e -14). Desta forma, reclassifica-se o BCR como um granito de tipo-A2 reduzido, de natureza pós-colisional. Com base nesta assinatura química e no comportamento de elementos maiores e menores em diagramas tipo Harker, que atestam que as rochas graníticas e básico-intermediárias do BCR não são cogenéticas, infere-se tentativamente a origem do BCR como associada a magmas gerados a partir da fusão parcial de manto litosférico e/ou crosta inferior previamente metassomatisada. Os magmas evoluem principalmente por processos de cristalização fracionada associada com mistura mecânica (mingling) em menor escala.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 2042352 - FREDERICO CASTRO JOBIM VILALVA
Externo à Instituição - LUANA MOREIRA FLORISBAL - UFSC
Interno - 350630 - ZORANO SERGIO DE SOUZA
Notícia cadastrada em: 10/01/2020 13:19
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