Imageamento, parametrização e modelagem de feições estruturais/cársticas em análogo de
reservatório carbonático
Reservatórios Análogos; LiDAR; ERT; GPR; Modelos Digitais
O imageamento geofísico e a modelagem digital de afloramentos análogos de reservatórios petrolíferos podem contribuir para a melhor compreensão da distribuição das heterogeneidades (dutos ou barreiras de fluxo) e para a predição de porosidades em diferentes escalas em reservatórios carbonáticos, como o Pre-sal. A correlação entre dados espaciais em alta resolução de superfície e em subsuperfície permitem uma análise diferenciada da rede de fraturas e das características cársticas associadas, com o imageamento e a parametrização das feições de interesse, permitindo assim a elaboração de modelos mais confiáveis que permitam o reconhecimento de heterogeneidades em escala subsísmica. Neste estudo serão empregadas as tecnologias Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT) e Light Detection And Ranging (LiDAR); e os métodos geofísicos Ground Penetration Radar (GPR) e Elétrico (ER) para o imageamento da caverna Gruta dos Brejões, situada no Estado da Bahia, Bacia de Irecê, Formação Salitre. Este estudo tem como objetivo a caracterização e a modelagem de feições estruturais e cársticas em rochas carbonáticas, a fim de explicar as relações existentes entre os padrões de fraturamento e feições cársticas interpretadas em superfície e suas assinaturas geofísicas em subsuperfície. Nesta fase foram adquiridos 03 perfis geoelétricos, com os arranjos Dipolo- Dipolo (DD) e Schlumberger (SC), perpendiculares ao conduto principal da caverna, totalizando 1,44 km de dados não-lineares. Os perfis geoelétricos georreferenciados foram correlacionados aos parâmetros geométricos e espaciais de referência, obtidos a partir das seções LiDAR e modelos virtuais 3D (3,5 km de extensão) da caverna Gruta dos Brejões e com a projeção em subsuperfície dos trends principais NNE-SSW, NW-SE e NE-SW, interpretados nas imagens de VANT. Os resultados preliminares mostram que o método ER foi eficiente para imagear corredores de fratura preenchidos por água ou material mais condutivo (< 500 Ohm.m); carbonato não fraturado ou com fraturas fechadas (500 a 1.500 Ohm.m); carbonato com fraturas abertas ou fechadas, sem água nos interstícios (1.500 a 8.000 Ohm.m); e cavidades preenchidas por ar (> 8.000 Ohm.m).