MAPEAMENTO DOS GEOHABITATS DA PLATAFORMA CONTINENTAL DE TAMANDARÉ-PE
Recifes; plataforma continental; Baía de Tamandaré; Área de Proteção; Ambiental; paleocanais
A plataforma continental de Tamandaré-PE, no nordeste brasileiro, é estreita (35 km), rasa com a quebra da plataforma ocorrendo a – 90 m de profundidade, tem uma sedimentação mista carbonática-siliciclástica e uma larga ocorrência de cumes recifais e corpos isolados. O mapeamento dos geohabitats foi realizado usando um sistema interferométrico (EdgeTech 4600), processamento digital de imagem de satélite da série Landsat 8, amostras sedimentológicas superficiais e vídeos subaquáticos para identificar zonas de cobertura sedimentar e campos recifais. Sete padrões acústicos de retroespalhamento foram identificados. Habitats de substrato rígido estão associados aos recifes biogênicos (P1, P2 e P3) e habitats de substrato de sedimentos macio onde se desenvolvem desde substratos lamoso a cascalhoso (P4, P5, P6 e P7). Recifes conectados à Baía de Tamandaré e à costa apresentam um relevo mais complexo com uma altura média de 4 m com flancos íngremes e cavernas, atingindo 10 m de altura nos flancos em direção ao mar. Um segundo campo recifal, o Recife Carapitanga, tem relevo menor com uma altura média de 2 m, mas com knolls de até 6 m de altura e representa um estágio avançado de bioerosão. Um corpo lamoso ocorre entre os campos recifais e dentro dos paleocanais, onde há grandes atividades de pesca de camarão.