CONTROLES MORFO-ESTRUTURAIS E A INFLUÊNCIA DAS ESTRUTURAS BRASILIANA-PAN AFRICANAS NO ALTO MARGINAL ASSOCIADO A ZONA DE FRATURA ROMANCHE: MARGEM EQUATORIAL BRASILEIRA
Margem Transformante, Zona de Fratura Romanche, Transbrasiliano, Bacia Ceará
A evolução do oceano Atlântico Sul, desencadeada pela separação dos continentes sul americano e africano, é explicada por modelos evolutivos típicos de margens divergentes. No entanto, o Atlântico Equatorial sofreu processos mais complexos, de origem transformante, onde as Zonas de Fratura Oceânicas tem grande influência. Esse trabalho apresenta estruturas geológicas na Margem Equatorial Brasileira, como o Terraço Ceará e o Canopus Bank, as quais gênese são desconhecidas até o momento. Os resultados apontam a importância dessas estruturas bem como as estruturas Brasiliana-Pan Africanas na evolução da Margem Equatorial. Através da análise dos dados sísmicos 2D e de poços exploratórios em águas profundas na Bacia Ceará, foi possível reconhecer um soerguimento na Sequência Rifte do Terraço Ceará. Essa estrutura é sugerida como um Alto Marginal, previsto nos modelos da evolução de margem transformante. Os dados mostram que o Terraço Ceará é controlado tanto pela Zona de Fratura Romanche como pelas estruturas continentais, possuindo dobras e falhas normais, as quais evidenciam inversão tectônica. A análise preliminar dos resultados sugere reativação tectônica na área e controle morfo-estrutural dos cânions submersos. Tais reativações são relacionadas com as estruturas Brasiliana-Pan Africanas, em especial, o ramo norte do Lineamento Transbrasiliano, e uma possível relação com a Zona de Fratura Romanche.