Data - quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016
Hora - 16 h
Local - Prédio da Geologia e Geofísica do Petróleo
Palestrante - Dr. Carlos Eduardo de Mesquita Barros (DG / UFPR)
Resumo:
A evolução geológica da Província Mineral de Carajás é marcada pela colocação de granitos do tipo A e cálcio-alcalinos de alto potássio contemporâneos a esforços compressivos. Estes corpos graníticos foram colocados há 2,75 Ga em rochas metavulcano-sedimentares do Supergrupo Itacaiúnas. Os maciços estudados (Igarapé Gelado, Estrela e Serra do Rabo) possuem baixos teores de Al2O3, altas razões FeOt/(FeOt+MgO) e (K2O+Na2O)/CaO, e elevadas concentrações de Zr, Y, Nb e elementos terras raras. O Complexo Granítico Estrela tem idades modelo TDM (rocha total) variam de 3,2 a 2,97 Ga, e valores de ENd negativos (-0,38 a -2,06). A fusão parcial de rochas crustais poderia explicar o origem de alguns destes magmas. A coexistência de ilmenita, ferropargasita, hastingsita e hedembergita sugerem que a cristalização destes magmas ocorreu sob condições de alta temperatura e baixa fugacidade de oxigênio. Esforços de expansão lateral provocado pelo corpos graníticos, associados com esforços regionais de natureza compressiva, causou deformação dúctil e metamorfismo termal na fácies hornblenda hornfels nas rochas metabásicas encaixantes. As estruturas magmáticas dos granitos refletem colocação e deformação contínua em condições de temperatura decrescente em resposta à interferência de processos de inflação e encurtamento horizontal.