PIROMETAMORFISMO PROVOCADO POR INTRUSÕES BÁSICAS CENOZOICAS EM ROCHAS DA BACIA POTIGUAR, RN: INTEGRAÇÃO DE DADOS GEOLÓGICOS E PETROFÍSICOS
Pirometamorfismo; Petrofísica; Bacia Potiguar; NE do Brasil.
A Bacia Potiguar, localizada na margem equatorial Brasileira, possui diversas rochas sedimentares que são afetadas por intrusões ígneas básicas cenozoicas, conhecidas como Magmatismo Macau. Dentre os efeitos mais proeminentes, relacionados a estas intrusões, temos a formação de buchitos, rochas pirometamórficas que ocorrem em altas temperaturas e baixas pressões, na fácies sanidinito. Por meio de revisão bibliográfica, observações de campo, petrografia, petrofísica, acesso a bancos de informações de trabalhos prévios na área e resultados da presente pesquisa, foi possível caracterizar e estimar os efeitos termais produzidos na auréola de alguns corpos hipabissais nesta bacia. As feições mais relevantes associadas às intrusões são: compactação, faturamento hidráulico, fusão parcial e recristalização das rochas encaixantes. De acordo com as ocorrências minerais registradas, interpretam-se de 800 a 1200oC e pressões inferiores a 0,5 kbar nas proximidades dos corpos ígneos. O modelamento térmico do plug São João registrou o efeito metamórfico até 150 m do contato com dissipação de calor total em aproximadamente 265 mil anos. Após o pico de temperatura, seguiu-se a fase de arrefecimento registrada com remobilização e precipitação de minerais de baixa temperatura em falhas, fraturas e geodos, derivados de reações com de porções sedimentares e fluidos metassomáticos / hidrotermais, com abundante silicificação e carbonatização.