O PROCESSO DE VERTICALIZAÇÃO EM NOVA PARNAMIRIM:A PRODUÇÃO DO ESPAÇO URBANO DE NATAL
Processo de verticalização, Nova Parnamirim, Produção do espaço metropolitano, Natal.
Em nosso cotidiano, observamos as transformações da paisagem que vem ocorrendo no bairro de Nova Parnamirim nos últimos dez anos. Percebemos, principalmente o crescimento do número de condomínios com edifícios verticais. Esse fato nos motivou a fazer uma pesquisa sobre esse processo observado na paisagem do bairro. Partimos da hipótese de que o processo de verticalização em Nova Parnamirim é uma continuidade da produção do espaço urbano e do processo de verticalização em Natal. Nessa perspectiva, questionamos: quais as estratégias e práticas dos agentes econômicos, políticos e sociais que tornam o processo de verticalização em Nova Parnamirim uma continuidade no espaço-tempo do processo da produção do espaço urbano de Natal? Nesse contexto, essa tese tem o objetivo geral de compreender o processo de verticalização em Nova Parnamirim como uma continuidade da produção do espaço urbano e da verticalização de Natal, por meio das estratégias e práticas, em diferentes escalas, dos agentes econômicos, políticos e sociais. Para essa compreensão, destacamos a montagem, o desenvolvimento e os desdobramentos do processo de verticalização em Nova Parnamirim. Os resultados parciais mostram que a montagem da verticalização em Nova Parnamirim está na produção do espaço e na verticalização em Natal, começou de forma incipiente na década de 1930, passando a ser mais expressiva na paisagem no final da década de 1960. A partir da década de 1990 teve início o desenvolvimento do processo de verticalização em Nova Parnamirim. De um lado, esse processo teve uma continuidade e uma ampliação após a crise econômica mundial de 2008. Por outro lado, esse processo tornou-se descontínuo após a crise urbana, política e econômica que vem ocorrendo no Brasil desde 2013. Os desdobramentos desse processo mostram o “discurso heterônomo” dos moradores e das representações socioespaciais dos condomínios verticais. Mesmo modo, a verticalização desdobra-se na “autossegregação” dos moradores e a “fragmentação socioespacial” metropolitana. Um último desdobramento refere-se à “pedagogia urbana” produzida pela verticalização, contrária ao “direito à cidade”, a “justiça socioespacial” e ao “desenvolvimento urbano”.