A NATUREZA DA CENTRALIDADE URBANA EM NATAL
Este trabalho versa sobre a natureza da centralidade urbana em Natal. Apresenta como pressuposto de tese que a natureza da centralidade urbana é diversa em seus conteúdos, processos e formas, por ser o espaço urbano permeado por igual diversidade. Objetiva explicitar a natureza da centralidade urbana em Natal, considerando os conteúdos, processos e formas que a constituem, bem como os fatores concorrentes para a sua diversificação. Para atingir o objetivo estabelecido, orienta-se pela teoria da produção do espaço, de Henri Lefebvre, buscando apreender os processos que vêm se desencadeando no contexto urbano de Natal, desde a década de 1980 à atualidade, sob uma perspectiva dialética. Como auxílio à leitura da realidade, baseia-se em importantes aportes teóricos atinentes à temática da centralidade urbana, espaço urbano e economia terciária; não descuidando da produção acadêmica sobre a temática, e sobre a Cidade do Natal, do exame a documentos que também tratam da história da referida cidade, arquivos oficiais junto a órgãos públicos, bancos de dados, pesquisa de campo, entrevistas junto a gestores públicos e líderes de organizações da sociedade civil organizada. Como resultado do processo investigativo, explicita que a natureza da centralidade urbana em Natal é diversa e multicêntrica. Diversa, por terem sido reveladas várias dimensões de centralidade, em conformidade com a natureza dos seus conteúdos: histórica, cultural, simbólica, ideológica e econômica; sendo a dimensão econômica da centralidade urbana proeminente no espaço urbano, e estando a mesma permeada junto às demais, dado que a cidade é lugar de trocas, onde o fator econômico se faz proeminente, e preside a produção do espaço urbano. Multicêntrica, pelos vários centros urbanos que vêm se conformando desde a formação do núcleo do centro histórico de Natal à atualidade, com as novas centralidades, decorrentes do processo de expansão do terciário moderno na cidade.