O CIRCUITO ESPACIAL DE PRODUÇÃO AGROINDUSTRIAL DE MANDIOCA NO RIO GRANDE DO NORTE
Circuito espacial de produção; círculos de cooperação; mandioca
A ocupação e constituição do território do Rio Grande do Norte tem sua base no desenvolvimento de atividades agrícolas, com a utilização de técnicas consideradas tradicionais. Consorciadas às atividades da cana-de-açúcar, da pecuária e do algodão, a dita economia de subsistência ou de autoconsumo, também se desenvolvia com uma produção alimentar, sobretudo de feijão, milho, batata e mandioca. Sobre esta última, é interessante salientar que o seu cultivo se dá, nos dias atuais, em praticamente todo o território norte-rio-grandense, sobretudo nos municípios que compõem a Microrregião Agreste Potiguar (IBGE, 2014). A mandioca, enquanto cultura destinada à alimentação dos norte-rio-grandenses manteve sua relevância ao longo do tempo, mesmo com as mudanças que ocorreram nos hábitos alimentares. Na indústria, a produção de mandioca é destinada para a fabricação de farinha e amido, e nesse segmento, destaca-se a “produção agroindustrial de mandioca” objeto de estudo da presente pesquisa, que será analisado a partir do conceito de circuito espacial produtivo e de círculos de cooperação, tendo como recorte espacial empírico o estado do Rio Grande do Norte. O estudo do circuito espacial de produção agroindustrial de mandioca no território potiguar é, portanto, uma tentativa de construção de uma nova abordagem que seja capaz de promover avanços não somente na discussão conceitual, mas também na compreensão das dinâmicas territoriais concernentes ao Rio Grande do Norte no período técnico-científico-informacional.