Banca de QUALIFICAÇÃO: LEIDIANE BARBOZA DA SILVA

Uma banca de QUALIFICAÇÃO de MESTRADO foi cadastrada pelo programa.
DISCENTE : LEIDIANE BARBOZA DA SILVA
DATA : 14/10/2022
HORA: 09:00
LOCAL: Google meet
TÍTULO:

AÇÃO AEDICIDA, ATRAENTE E REPELENTE DE EXTRATO AQUOSO OBTIDO A QUENTE DE SEMENTES DE

Anadenanthera colubrina 


PALAVRAS-CHAVES:

Extratos botânicos. Lavicida. Repelência. Atratibilidade. Controle vetorial. Angico.


PÁGINAS: 116
RESUMO:

Aedes aegypti e Aedes albopictus são importantes vetores de arboviroses de importância médica (Dengue, Febre amarela, Zika e Chikungunya). O combate dos vetores é o modo mais eficaz para evitar epidemias de arboviroses, sendo o uso de inseticidas sintéticos a principal método de controle desses mosquitos, no entanto estes apresenta um alto custo financeiro e ambiental. Na busca por métodos alternativos diversos extratos botânicos vêm sendo avaliados quanto ao seu potencial bioinseticida por apresentarem baixo custo e baixa  toxicidade ambiental. Dessa forma, visando contribuir com novas ferramentas de controle para esses vetores, neste estudo foi obtido um extrato aquoso a quente de sementes de Anadenanthera colubrina, e seu potencial aedicida em diferentes fases do ciclo de vida, bem como sua ação atraente e repelente sobre a oviposição de fêmeas grávidas do mosquito foi investigada. Para tanto, foi empregado um método de extração simples e barato que não utiliza reagentes muito sofisticados e complexos. A farinha fina das sementes de A. colubrina foi extraída em água destilada na proporção de 1:10 (m/v) por 7 horas a 80 °C. Após extração a suspensão foi centrifugada a 10.000 xg por 30 min a 4 °C, e em seguida  sobrenadante foi filtrado e denominado Extrato Aquoso a Quente de Angico (EAQA). A atividade larvicida do EAQA foi analisada inicialmente em 7 concentrações entre 50% a 0,78% (v/v), e a mortalidade larval foi avaliada após 24 e 48 h. Observamos um efeito larvicida para as duas espécies com LC50 de 0,020 mg/mL e LC90 de 0,26 mg/mL para A. aegypti após 48 h e LC50 de 0,064 mg/mL e LC90 de 0,62 mg/mL para A. albopictus no mesmo tempo de exposição. A atividade pupicida para ambos os insetos foi detectada em concentrações superiores às observadas para a atividade larval. O EAQA a 0,26 mg/mL também apresentou atividade ovicida comprometendo 76,67% da eclosão larval, além de reduzir a emergência de adultos eclodidos das larvas sobreviventes à 25,7%. Nessas mesmas concentrações foram analisadas a capacidade de repelência e atratibilidade do extrato para a oviposição em condições de laboratório. O EAQA apresentou IRE positivo nas três maiores concentrações testadas (50% a  12,5%) sendo repelente nesse intervalo e IRE negativo nas menores concentrações (6,25 a 1,56%, v/v) sendo atraente para a oviposição. Após essa análise foram realizados ensaios de atratibilidade/repelência em condições de campo com o extrato na CL90 larvicida para A. aegypti (0,26 mg/mL), que apresentou um efeito atraente com maior densidade de ovos que o observado no controle. Também foi realizada uma caracterização bioquímica parcial: dosagem de açúcares totais, proteínas, compostos fenólicos, de lectinas, inibidores de tripsina, para determinação das possíveis biomoléculas implicadas na atividade aedicida. EAQA apresenta uma concentração de proteínas estimada em 2 mg/mL, carboidratos totais equivalentes a 15,5 mg/mL e 0,1 mg/mL de teores totais de compostos fenólicos. Dentre as proteínas bioativas testadas não foi detectada a presença de lectinas. Quanto a presença de inibidores de proteases foi observada 90,94% de inibição para bromelaína, 68,93% de inibição de papaína, 68,75% de inibição para tripsina e 9% de inibição para quimotripsinas. A biossegurança dos extratos foi avaliada por teste de citotoxicidade para o qual EAQA não apresentou efeito citotóxicos para as duas linhagens celulares (3T3 e HepG2). EAQA quando avaliado quanto a sua ecotoxicidade apresentou baixa toxicidade aos microcrustáceos testados nas concentrações que apresentaram atividade aedicidas. Assim, esperamos que os extratos de A. colubrina possam ser avaliados como candidatos a opção econômica e ecocompatível para o desenvolvimento de formulações para atuar em conjunto com os métodos atuais de controle dos mosquitos vetores de arboviroses Aedes aegypti e A. albopictus.


MEMBROS DA BANCA:
Presidente - 1149356 - ELIZEU ANTUNES DOS SANTOS
Externo à Instituição - GIULIAN CÉSAR DA SILVA SÁ
Externa à Instituição - PATRICIA BATISTA BARRA MEDEIROS BARBOSA - UERN
Notícia cadastrada em: 28/09/2022 16:34
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