PRÁTICAS PEDAGÓGICAS INCLUSIVAS NO ENSINO DE LÍNGUA INGLESA PARA ESTUDANTES COM SÍNDROME DE DOWN
Educação Especial. Síndrome de Down. Ensino de Língua Inglesa. Práticas Pedagógicas. Trilhas de Aprendizagem.
O ensino da Língua Inglesa para estudantes com Síndrome de Down na Educação Básica das escolas públicas, apresenta diversos desafios e, muitas vezes, não é eficaz devido à falta de estratégias pedagógicas inclusivas e metodologias adequadas às necessidades educacionais específicas desses estudantes. Esta pesquisa tem como objetivo desenvolver sequências didáticas inclusivas que possam vir a tornar a aprendizagem da Língua Inglesa significativa para os estudantes com Síndrome de Down a partir da elaboração de trilhas de aprendizagem. O entorno pessoal de aprendizagem dos estudantes, entendido como o conjunto de elementos que compõem suas experiências, interesses, formas de comunicação, modos de interagir com o mundo, habilidades cognitivas e afetivas, e preferências sensoriais, será usado como orientação para as estratégias que serão aplicadas, assim como, o uso da tecnologia assistiva sobretudo no que se refere à aquisição da linguagem, como softwares educativos, jogos digitais interativos, cartões com imagens, jogos de memória adaptados, materiais visuais concreto, será suporte na sala de aula. O estudo adota uma abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-intervenção, sendo os dados gerados a partir da observação participante, registros fotográficos, anotações em diário de campo e aplicação de pré e pós-testes com os estudantes envolvidos na intervenção. O arcabouço teórico parte de uma abordagem interdisciplinar e está estruturado em torno de três eixos principais: os princípios da Educação Especial na perspectiva da Educação Inclusiva, que buscam assegurar o acesso, a permanência e a aprendizagem de todos os estudantes (Brasil, 2008, 2013; Maciel e Kassar, 2011); as especificidades da Síndrome de Down e suas implicações para os processos de ensino e aprendizagem da Língua Inglesa, com foco em desafios e potencialidades (Buckley, 1993, 1995, 2002; Dinis, 2013; Kumin, 2008; Lara et al., 2023; Miller et al., 2010; Troncoso e Cerro, 2004); e, por fim, as sequências de ensino investigativas como referência para a elaboração das trilhas de aprendizagem (Castellar e Machado, 2016). Por meio das Trilhas de Aprendizagem, que irão unir o entorno pessoal dos alunos e a tecnologia assistiva, espera-se que este estudo contribua para a construção de práticas pedagógicas mais inclusivas e eficazes, promovendo assim uma educação mais igualitária e significativa para todos os estudantes. O impacto positivo dessas estratégias pode estender-se além da sala de aula, influenciando positivamente a vida desses alunos e alunas em diferentes contextos sociais e profissionais.