Infância e deficiência: um estudo antropológico sobre os desdobramentos da epidemia do Vírus da Zika na vida de crianças potiguares.
Deficiência; Infância; Crianças; Zika Vírus.
Um cenário epidêmico envolve a participação e articulação de diversos atores e atoras sociais: pesquisadores, profissionais de saúde, cuidadoras e cuidadores, gestores de políticas públicas, autoridades, setores da mídia. Uma epidemia atravessa a vida de todos que nela estão diretamente implicados. Nesta dissertação, procuro colaborar com a seara de materiais e estudos produzidos em torno dos desdobramentos da epidemia do Vírus da Zika ao longo destes quatro anos. O trabalho pretende refletir sobre infância, deficiência e a vida das crianças a partir das experiências de meninas e meninos implicados na epidemia no Rio Grande do Norte, sendo dividido em duas partes. Na parte I, me dedico a refletir sobre a noção de desenvolvimento infantil, pensando nos efeitos da categoria sobre o imaginário social da infância, bem como sobre a vida e experiência das crianças e cuidadoras conhecidas ao longo da pesquisa. A parte II, por sua vez, procura acompanhar as transformações, vivências e experiências de crianças que tiveram irmãos nascidos com o que convencionou-se chamar de Síndrome Congênita do Vírus da Zika, procurando entender suas demandas e percepções. Essa dissertação, portanto, versa sobre as diferentes articulações entre deficiência, infância e a vida das crianças.