CINEMA, IMAGINAÇÃO E ESPAÇOS MEMORIAIS: TRAJETÓRIA ANTROPOLÓGICA DO IMAGINÁRIO NO CINEMA PERNAMBUCANO DE KLEBER MENDONÇA FILHO
Cinema, Antropologia, Imaginário, Gilbert Durand, Gaston Bachelard.
Este texto de qualificação de dissertação de mestrado tem por objetivo apresentar o andamento da pesquisa sobre o cinema de ficção como acervo antropológico imaginário, que tem como objeto o cinema pernambucano do diretor Kleber Mendonça Filho. Baseando-se nas discussões propostas por Gilbert Durand e Gaston Bachelard sobre imaginação simbólica, espaços poéticos e temporalidades, propomos investigar como o cinema funciona como um produto de representação e fabricação da realidade social, que desenvolve por meio de sua linguagem cinematográfica códigos, símbolos, mitos e narrativas. Desse modo, tanto a representação quanto a fabricação da realidade social produzem o imaginário na sociedade. Também, discutimos a cidade simbólica como o lugar das representações, de criação de imaginações e de narrativas sociais de predominância espaço-temporal. Nesse entendimento, abarcamos uma perspectiva multidisciplinar de envergadura socio-antropológica, afim de interpretar e analisar como os filmes contemporâneos que tratam a cidade do Recife como um lugar de intensas transformações relacionados ao espaço urbano desenvolvem discursos dos espaços memoriais cotidianos da cidade simbólica. Nesse sentido, a dissertação de mestrado tem como base uma pesquisa teórica para empreender o cinema como possibilidade de investigação antropológica.