FORMAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO EM SAÚDE: UMA ANÁLISE DO CURSO TÉCNICO NA MODALIDADE DE FORMAÇÃO HÍBRIDA REALIZADA PELA ESCOLA DE SAÚDE PÚBLICA DO ESTADO DO MARANHÃO
Capacitação de Recursos Humanos em Saúde. Formação Profissional. Ensino online. Agentes Comunitários de Saúde. Sistema Único de Saúde
A Escola de Saúde Pública do Estado do Maranhão (ESP/MA) é voltada para a formação e qualificação dos trabalhadores da saúde para atender às necessidades do SUS, desenvolvendo dentre outras estratégias, programas de capacitação, formação profissional e de aperfeiçoamento. Na perspectiva da Educação Permanente em Saúde (EPS) e no contexto da pandemia do novo Coronavírus, a ESP/MA ofertou a modalidade híbrida do curso Técnico do Agente Comunitário de Saúde. Assim, este estudo objetivou avaliar a efetividade da formação híbrida do curso técnico do agente comunitário de saúde ofertado pela Escola de Saúde Pública do Maranhão sob a percepção dos discentes. Para tanto, foi desenvolvido um estudo descritivo de abordagem quantitativa em caráter de um censo onde a percepção do discente foi captada através de um questionário com perguntas fechadas e abertas aplicado via Google forms®. A população alvo previa a participação de 254 alunos na pesquisa, os quais vivenciaram o curso nessa modalidade de ensino, no entanto tivemos uma participação total de 85 cursistas. O questionário continha 14 perguntas, contendo informações sobre a caracterização do perfil sociodemográfico como: idade, sexo, escolaridade, residência, tempo de profissão, saberes e dificuldades encontradas para o acompanhamento das aulas de forma online, e se essa a modalidade de ensino e o material didático adotados pela Escola diante do cenário pandêmico foi satisfatória para aquisição de conhecimentos relacionados a área em estudo e avaliar seu desempenho nas atividades realizadas. Os dados foram analisados por meio das medidas de tendência central, utilizando recursos gráficos para esta representação descritiva. A maioria dos respondentes tinha entre 30 e 49 anos de idade, totalizando 71,7%. Isto poderia levar a uma dificuldade com o ensino híbrido e uma avaliação negativa do curso. Mas, a avaliação geral do curso evidenciou que não houve dificuldades na percepção dos estudantes. A experiência profissional dos respondentes é de no mínimo 10 anos, com 97,1% no total e os mesmos consideram que o conteúdo do curso contribuiu na sua atuação como Agente Comunitário de Saúde e muito significativo no tocante à inferência sobre qualidade do curso. Com a realização deste estudo pretende-se contribuir para transpor os desafios e barreiras para a implantação do ensino híbrido, auxiliando a melhoria contínua dos processos formativos para o Sistema Único de Saúde (SUS). Apesar dos resultados positivos, deve-se investir em redução das barreiras digitais, sobretudo, em municípios com predominância de zonas rurais e mais distantes de grandes centros urbanos, uma vez que esses seriam os potenciais beneficiados na modalidade híbrida crescente pós pandemia da COVID-19 nos processos de educação continuada e permanente.