Produção de lipopeptídeos produzidos por fermentação submersa de Bacillus subtilis UFPEDA 438 e recuperação por extração com solventes com e sem adição de ácido di-(2-etilhexil) fosfórico (D2EHPA)
biossurfactantes, D2EHPA, iturina, extração líquido-líquido, surfactina.
Os biossurfactantes têm potenciais aplicações nos setores ambientais, na indústria farmacêutica, alimentícia, entre outras. Dentre as diferentes classes de biossurfactantes, destacam-se os lipopeptídeos, especialmente a surfactina e a iturina. No presente estudo foram avaliados os parâmetros cinéticos na síntese de surfactina e iturina, bem como a caracterização desses biossurfactantes produzidos por Bacillus subtilis UFPEDA 438. Além disso, foram realizados ensaios de extração empregando uma variedade de solventes orgânicos (n-hexano, n-octanol e clorofórmio-metanol 2:1, v/v), com e sem adição de ácido di-(2-etilhexil) fosfórico (D2EHPA). Os valores máximos de concentração de surfactina e iturina foram alcançados no período de 24 h, correspondendo a 187,01 ± 0,37 mg/L e 10,80 ± 1,03 mg/L, respectivamente. Os lipopeptídeos apresentaram boa estabilidade em uma ampla faixa de temperatura (20 a 100°C) e pH (6 a 9), com valor de CMC de 18,70 mg/L. Os resultados da extração com adição do agente complexante D2EHPA em combinação com n-octanol (76,36%) e n-hexano (72,96%) demonstraram melhoria na eficiência da recuperação de iturina. Em relação à recuperação da surfactina, o n-octanol demonstrou o maior percentual de recuperação, alcançando 72,22%. Esses resultados posicionam B. subtilis UFPEDA 438 como produtora promissora de biossurfactantes com propriedades tensoativas superiores, adequados para aplicações sustentáveis em múltiplos setores biotecnológicos.