Estudo da formulação de antiespumantes via reação de esterificação com diferentes ácidos carboxílicos e emulsificação do óleo vegetal.
antiespumantes; espuma; tensoativos; ésteres; emulsões
Espumas são dispersões metaestáveis de gás em líquido, derivado da redução da tensão superficial da mistura líquida associada a uma força motriz, e em alguns processos industriais é capaz de causar perdas significativas de produção. Antiespumantes são agentes aplicado nos processos industriais cujo objetivo é a inibição da formação de bolhas e/ou desestabilização da espuma e podem ser a base de óleos, partículas sólidas, tensoativos, polímeros e, inclusive, emulsões. Assim, o presente trabalho busca estudar: (i) a formulação de antiespumantes produzidos via reação de esterificação do decanol com diferentes ácidos carboxílicos, avaliando a quebra de espuma no xarope de bordo (do inglês: maple syrup); e (ii) a emulsificação do óleo vegetal com uma solução carbonato de cálcio (CaCO₃), utilizando sabão como emulsificante, com o decaimento de espuma avaliado em uma solução de Dodecil Sulfato de Sódio. Os ésteres do decanol foram sintetizados a partir dos ácidos fórmico, acético, butanoico, levulínico, málico e oxálico, com o óxido de zinco como catalisador. E foram caracterizados via CG-EM, TGA e FT-IR, com suas propriedades tensoativas avaliadas considerando a Tensão Superficial, Molhabilidade e Equilíbrio Hidrofílico-Lipofílico (EHL). Já em relação às emulsões, após a sua formulação essas foram submetidas a diferentes condições de estresse (geladeira, estufa e temperatura ambiente), monitorando o seu tamanho de partícula, índice de polidispersividade e potencial Zeta nos dias 1, 7, 14, 21 e 28 após sua preparação para fins de avaliação da sua estabilidade. Por fim, o estudo do potencial de antiespumantes dos ésteres e emulsões foi realizado empregando o método de Bikerman. Como resultado, os ésteres provaram ser um substituto promissor para óleos vegetais tradicionais usados na produção de xarope de bordo, exibindo excelentes propriedades emulsificantes e antiespumantes, com destaque para o derivado do ácido oxálico, o decil oxalato, que superou o desempenho do antiespumante comercial Atmos 300K. Já as emulsões mostraram que a eficiência de quebra de espuma está associada diretamente com o tamanho das partículas, de modo que a emulsão preparada com uma solução de CaCO3 à 2%, possui um diâmetro de partícula de 15,5 nm teve e um percentual de 67% de espuma quebrada após 30min.