Tratamento do pó de capim elefante por explosão a vapor e impregnação de tensoatiavo para adsorção de cromo em meio aquoso: processo em batelada e dinâmico
capim elefante, adsorção em batelada e dinâmica, cromo trivalente, explosão a vapor, tensoativo, leito fixo; curvas de ruptura, Modelagem dinâmica.
Atividades como o de mineração e curtume se encontram como as fontes mais poluidoras de metais pesados gerando acúmulo de resíduos potencialmente tóxicos ao meio ambiente e ao ser humano. O curtume é o responsável pelo cromo trivalente, o qual provoca irritação na pele e, em doses elevadas, pode provocar o câncer. Nesse estudo foi avaliada a capacidade de adsorção do cromo trivalente empregando-se como adsorvente o carvão comercial ativado e como bioadsorvente o capim elefante CE (Pennisetum purpureum), tratado pela técnica a explosão e impregnado com tensoativos. As amostras foram caracterizadas através da técnica de MEV, DRX, FRX e FTIR. Os efeitos da concentração inicial do metal (20 – 50 mg L-1), do pH (2 – 6,0), massa de adsorvente (0,25 – 1,0g), tempo de contato (10 – 1440 min) e temperatura (10 – 40o C) foram estudados, em modo batelada, com velocidade de agitação de 100 rpm. Um estudo dinâmico em leito fixo foi realizado com o adsorvente (CEET, pó de capim elefante modificado pelas técnicas simultâneas de explosão a vapor e impregnação com tensoativos) que apresentou melhores resultados no estudo em batelada. Nesse estudo, a vazão de alimentação da solução metálica foi de 300 mL min-1 e massa de adsorvente utilizada para a adsorção foi de 6 g. Para tratamento dos resultados em batelada foram realizados, em condições ótimas de operação, estudos termodinâmicos, das isotermas de adsorção e cinético, respectivamente. Os resultados obtidos mostraram que a capacidade máxima de adsorção foi maior (28,36 mg g-1 ) para o adsorvente CEET. O estudo termodinâmico mostrou que o processo de adsorção não é espontâneo e que a adsorção é exotérmica e de natureza química, bem como de elevada afinidade do adsorvente pelos íons cromo. O modelo de Langmuir se ajustou melhor aos pontos experimentais para todos os adsorventes, salvo para o adsorvente CE, o qual se ajustou melhor ao modelo de Freundlich. Em termos cinéticos, a adsorção de Cr (III) seguiu um modelo Pseudo Segunda Ordem. Para o estudo dinâmico foi obtida a curva de ruptura, a capacidade de adsorção do adsorvente pelo metal (85,35 mg g-1) e, a estimativa dos parâmetros: difusividade efetiva (Def), dispersão axial (DL) e coeficiente de transferência externo (ks) obtidos a partir de um balanço de massa realizado nas fases líquida e sólida, respectivamente. O modelo elaborado a partir dos balanços se ajustou de maneira satisfatória aos pontos experimentais. Baseado nos resultados obtidos se pode afirmar que as técnicas de tratamento e modificação do bioadsorvente melhoraram substancialmente sua capacidade de adsorção pelo metal cromo (III).