FLOCULAÇÃO IÔNICA ATRAVÉS DE TENSOATIVOS ANIÔNICOS NA REMOÇÃO DE COBRE E CORANTES
Tensoativos, corantes, cobre, ponto de Krafft, floculação iônica.
A presença de metais pesados e corantes em águas residuais industriais é perigosa e muito tóxica para os ecossistemas e a vida humana, especialmente presentes em níveis acima do limite permitido. Ambos os poluentes possuem resistência a biodegradação, causando sérios danos aos organismos vivos e atividades fotossintéticas. Portanto, faz-se necessária a utilização de métodos de tratamentos que consigam remover tais poluentes a níveis aceitáveis antes do seu descarte. O uso de tensoativos pode ser uma alternativa viável na remoção desses poluentes. Neste trabalho utilizou-se a floculação iônica na remoção de íons cobre por hexadecanoato de sódio, através de uma abordagem inovadora do processo, identificando o ponto de Krafft como fator limitante para que a floculação iônica aconteça. Avaliou-se os parâmetros termodinâmicos e fez-se um planejamento experimental do processo de remoção de íons cobre. Foi possível remover em torno de 95% dos íons cobre utilizando uma proporção molar tensoativo/metal de 2, pH de 4,6 e temperatura de 60°C. Estudou-se também o uso do tensoativo aniônico sabão base na remoção de corantes iônicos. Foi avaliado o uso desse tensoativo no processo de remoção por precipitação, floculação iônica e em um processo combinando a floculação iônica com a extração líquido-líquido. A adição de tensoativo ao processo de extração líquido-líquido aumentou a eficiência de remoção de 26% para 91%. Carboxilatos de diferentes comprimentos de cadeia foram utilizados na remoção do corante Acid Red 57 por floculação iônica, e observou-se que o percentual de corante removido e as propriedades interfaciais sofriam influência tanto do comprimento da cadeia do tensoativo, quanto da forma micelar. Além disso, um estudo de sistemas contendo micelas mistas, formadas pela mistura binária do dodecanoato de sódio e hexadecanoato de sódio, foi realizado a partir da determinação da composição micelar e das propriedades interfaciais. A variação da composição molar da mistura influenciou diretamente na composição molar da micela, nos parâmetros de superfície e na forma da micela. Aumentando-se a quantidade do tensoativo de maior cadeia a micela passou da forma lamelar para forma cilíndrica.