Solubilidade, Sais de Carbonato, Hidratos de Gás, Regeneração de solvente.
A indústria petroleira enfrenta constantemente problemas referentes à exploração de gás natural. Durante a sua produção, incrustações podem se formar como, por exemplo, os hidratos de gás, uma vez que a água produzida contém uma grande quantidade de sais dissolvidos, bloqueando assim a passagem do fluido pela tubulação e ocasionando também a corrosão dos tubos de produção. Isso ocorre devido
às mudanças na temperatura e pressão do fluido circulante. Como forma de solucionar este problema, produtos químicos são adicionados ao fluido de perfuração. O monoetilenoglicol (MEG) consiste em um inibidor de hidratos bastante utilizado devido a não agredir ao meio ambiente, proporcionar baixo custo operacional, uma vez que pode ser regenerado e ser compatível quimicamente com os constituintes do fluido de produção. De maneira a estudar as condições de interesse para o processo de regeneração do MEG, procedimentos e aparatos experimentais foram desenvolvidos com a finalidade de promover dados cujo efeito do inibidor juntamente ao efeito do cloreto de sódio, da temperatura, da pressão parcial de CO2 e do pH em misturas aquosas contendo sais de carbonato, i.e., cálcio, estrôncio e ferro, em excesso, fossem descritos. As pressões parciais de CO2 variaram de 760 a 1610 mmHg, a temperatura variou de 5 a 50 ºC, as concentrações de MEG varreram toda a faixa de porcentagem mássica e o cloreto de sódio foi adicionado em três concentrações: 1, 3 e 5 % m/m. Um método analítico modificado foi especificamente desenvolvido para o sistema em que há o borbulhamento de dióxido de carbono. Através da análise dos dados, foi possível concluir que o aumento da temperatura e o aumento da concentração de MEG proporcionam a diminuição da solubilidade dos sais de carbonato. Foi percebido também que
a concentração dos sais de carbonato aumenta com o aumento das pressões parciais de CO2 e com a presença de NaCl no sistema até 3 % m/m, pois, uma vez que a sua concentração passa a ser 5 % m/m, o efeito se torna inverso. Uma abordagem termodinâmica foi aplicada considerando os equilíbrios de fases e químico. Nessa modelagem foi possível quantificar os efeitos da adição de MEG e de dióxido de carbono, bem como da temperatura sobre a solubilidade dos sais de carbonato em estudo.