MICROESFERAS DE QUITOSANA ESTRUTURADAS COM NANO-SIO2: ESTABILIDADE, ADSORÇÃO, ENCAPSULAÇÃO E LIBERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS
Quitosana; Sílica Pirogênica; Spray Drying; Liberação controlada.
A quitosana, um poliaminossacarídeo natural, tem sido utilizada em diferentes aplicações farmacêuticas e cosméticas, bem como em sistemas de liberação controlada de fármacos e vacinas por diferentes vias de administração incluindo as vias oral e nasal. A quitosana é utilizada em sistemas de liberação controlada, devido às suas propriedades hidrofílicas, sua reticulação se torna uma estratégia para controlar propriedades que afetam diretamente o carreamento e a cinética de liberação da substância ativa, como: capacidade de adsorção de água, carga superficial, densidade, porosidade entre outras. A reticulação da quitosana pode ser de natureza química, formada por ligações covalentes irreversíveis, e reticulação física, formada por várias ligações reversíveis (ligações iônicas, complexos de polieletrólitos). O presente trabalho estudou e desenvolveu micropartículas de quitosana nanoestruturadas com sílica pirogênica (reticulação física), pela técnica de Spray drying, visando à obtenção de um novo veículo para carreamento e liberação de substâncias ativas de interesse farmacêutico. As micropartículas foram caracterizadas quanto às propriedades de sorção de água, área superficial, diâmetro médio, densidade, carga superficial, análise térmica, teor de umidade, espectroscopia no infravermelho, microscopia eletrônica de varredura e de transmissão, estabilidade em 0,1 N HCl. Foram realizados estudos posteriores com essas micropartículas, de estabilidade acelerada do manitol encapsulado, adsorção superficial de Albumina (BSA), liberação in vitro do cloridrato de propranolol (hidrofílico) e rifampicina (hidrofóbica). Os resultados obtidos mostraram que a adição da sílica na estrutura da partículas de quitosana modificou propriedades de superfície tais como potencial zeta menor, melhor controle sobre a sorção de água e um aumento da área superficial. Os resultados posteriores confirmaram um aumento da estabilidade do manitol quando encapsulado, uma liberação mais prolongada e continua dos ativos utilizados. Apontando o uso potencial destas partículas como carreadoras de princípios ativos.