A água é o elemento essencial para a vida na Terra e o solvente universal da biosfera, visto que nos mantém vivos, ela controla o clima, esculpe a terra, remove e dilui resíduos e poluentes, e ainda é reciclada pelo ciclo hidrológico. O termo “água” refere-se ao elemento natural, desvinculado de qualquer uso ou utilização. Por sua vez, o termo “recurso hídrico” é a consideração da água como bem econômico, e passível de utilização com tal fim. Nesse contexto, é de suma importância a preservação de corpos hídricos, como rios, lagos, represas e aquíferos subterrâneos que são águas utilizadas principalmente para abastecimento do consumo humano.  Essas águas apresentam características de qualidade muito variadas, que lhes são conferidas pelos ambientes de origem por onde circulam, percolam ou no local que são armazenadas. Considerando o aumento dos fatores antrópicos na qualidade das águas, formas de uso e ocupação do meio físico e das atividades socioeconômicas, torna-se necessário distinguir suas características naturais daquelas geradas pelo homem. De acordo com a Política Nacional de Recursos Hídricos, que define, dentre seus objetivos, “assegurar à atual e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” (Art. 2°, Cap. II, Tit. I, Lei n°9.433), a importância da qualidade da água é um ponto em destaque. Portanto, o objetivo deste trabalho é fornecer dados atualizados acerca do índice da qualidade da água (IQA) de cinco dos sete poços subterrâneos localizados no loteamento San Vale, maior área de captação de águas subterrâneas que abastece grande parte da população natalense, os quais são monitorados pela Companhia de Água e Esgotos do Rio Grande do Norte (CAERN), com a finalidade de averiguar e atualizar a classificação do IQA para conhecimento do público em geral e para orientar futuras ações da gestão da qualidade da água.